DIABETES PODE CAUSAR DOENÇA RENAL – O QUÊ FAZER A RESPEITO?

diabetes e doença renal
Diabetes com ciência!

Revisado clinicamente

Diabetes e doença renal: caso prefira ouvir este artigo em nosso podcast clique aqui, ou use o tocador abaixo. Duração: aproximadamente 49 minutos.

Se você tem hipertensão e/ou diabetes, há um risco aumentado de danos nos seus rins, o que reduz a sua capacidade de filtrar resíduos e impurezas do sangue. E doença renal é a segunda causa de óbitos de diabéticos.

É estimado que aproximadamente 16,7 % da população terá alguma doença renal crônica (DRC) em 2030, uma condição causada por danos ao longo de anos aos rins.

Se os rins não estiverem funcionando corretamente, eles não podem realizar sua função principal: filtrar o excesso de fluido e resíduos do sangue. Esse fluido e resíduos acumulados levam a outros problemas, incluindo doenças cardíacas e derrame.

Embora várias condições de saúde possam levar à DRC, as duas mais comuns são diabetes e pressão alta ou hipertensão.

Como a diabetes e a hipertensão arterial causam a DRC – Doença renal Crônica?

Níveis elevados de açúcar no sangue e pressão alta podem danificar os vasos sanguíneos de todo o corpo, inclusive os vasos dos rins. Esses vasos sanguíneos podem se tornar menos eficientes na filtragem do sangue e não serem capazes de fornecer oxigênio e nutrientes suficientes para os rins.

Esse suprimento reduzido de sangue para os rins pode danificar ainda mais seu sistema de filtragem, e rins danificados podem causar um acúmulo de resíduos e fluidos que aumentam ainda mais a pressão arterial.

Diabetes, pressão alta e DRC podem muitas vezes não serem percebidas por anos, causando danos silenciosos em todo o corpo. Por isso é importante conhecer o seu nível de risco e realizar exames preventivos.

Tratamento adequado é fundamental, e o controle de uma dessas doenças pode ajudá-lo a controlar melhor as outras.

Se você tem DRC, a melhor maneira de diminuir ou prevenir o dano renal é atingir suas metas de açúcar no sangue e de pressão arterial.

Diabetes e as causas de Doença Renal Crônica (DRC)

Como a diabetes pode causar danos aos rins

Diabetes é a principal causa de DRC: aproximadamente 1 em cada 3 pessoas com diabetes também tem doença renal, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Pessoas com diabetes geralmente apresentam níveis elevados de açúcar (glicose) no sangue, o que pode causar danos a muitos tecidos do corpo ao longo do tempo, inclusive aos rins.

As unidades funcionais dos rins, chamadas néfrons, contêm redes de minúsculos vasos sanguíneos que filtram os resíduos do sangue.

Quando o açúcar está alto no sangue, eles podem se ligar a diferentes proteínas nos néfrons. Isso pode torná-los menos eficazes na filtragem e levar à formação de proteínas na urina – um sinal importante da DRC, que pode ser detectado por um exame de albuminuria na urina.

A redução dos níveis de açúcar no sangue, que é o objetivo número um do controle e tratamento da diabetes, pode ajudar a prevenir ou retardar o dano renal.

Como a hipertensão pode causar danos aos rins

A pressão alta – a segunda principal causa de DRC – é um aumento na força do sangue que flui pelos vasos sanguíneos. Com o tempo, essa força maior que o normal pode danificar os minúsculos vasos dos néfrons, da mesma forma que pode danificar os vasos sanguíneos de todo o corpo.

Os vasos renais são delicados. Imagine duas mangueiras: uma de alta pressão e outra de baixa pressão. Ambos têm água saindo, mas a água que sai da mangueira de alta pressão, com o tempo, pode causar danos.

Logo o tratamento da hipertensão é um dos pilares da prevenção ou redução dos danos aos rins. Na verdade, alguns dos medicamentos mais comuns usados ​​para reduzir a pressão arterial são considerados um tratamento padrão para a DRC.

Outras causas de danos renais

Embora diabetes e pressão alta sejam as causas mais comuns de danos aos rins que levam à DRC, outras condições de saúde também podem causar ou contribuir para a doença renal crônica. São elas:

  • Doença renal policística
  • Obstrução do trato urinário por próstata aumentada, cálculos renais ou certos tipos de câncer
  • Infecção renal recorrente
  • Inflamações das unidades de filtragem do rim
  • Nefrite intersticial (inflamação dos túbulos renais e estruturas próximas)

Outros fatores de risco para DRC incluem:

  • Histórico de DRC na família
  • Idade
  • Obesidade
  • Doença cardíaca
  • Tabagismo
  • Estrutura anormal do rim
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Função renal

A principal função dos rins é filtrar os resíduos acumulados que são gerados pela função normal das células por todo o corpo e dos alimentos que você come e o excesso de fluidos do sangue. Eles são excretados pela urina em um processo de “limpeza” do organismo.

O sangue entra nos rins por uma artéria e a urina sai dos rins por tubos chamados ureteres que vão até a bexiga.

Os produtos residuais, bem como o sal e os minerais de que seu corpo necessita – sódio, cálcio, potássio, fósforo – são filtrados em túbulos minúsculos, onde são reabsorvidos no sangue ou passados ​​para a urina.

Quando uma unidade de filtragem não consegue mais trabalhar com eficácia porque está danificada, outras unidades assumem o trabalho extra.

No início, mesmo que um grande número de unidades pare de funcionar, você não experimentará um acúmulo de resíduos na corrente sanguínea.

Mas, à medida que mais e mais unidades parem de funcionar, as restantes não conseguem mais suprir a demanda, e produtos residuais e fluidos começam a se acumular em seu corpo.

Quando seus rins não conseguem filtrar os resíduos do sangue como deveriam, você pode desenvolver DRC. Isso pode levar a uma perda gradual da função renal, que pode piorar com o tempo e, eventualmente, levar à insuficiência renal, se não tratada a tempo.

A insuficiência renal geralmente começa depois que a função renal cai abaixo de uma taxa de filtração glomerular (eGFR) igual a 15 (adultos jovens e saudáveis ​​têm uma eGFR de 120). Isso representa uma perda de mais de 85 por cento da função renal.

O declínio progressivo da função renal pode levar a uma série de complicações, como:

  • Anemia
  • Doença óssea
  • Doença cardíaca e derrame
  • Maior risco de infecções
  • Baixos níveis de cálcio, altos níveis de potássio e altos níveis de fósforo no sangue
  • Danos irreversíveis aos rins (doença renal em estágio terminal)
diabetes e hipertensão podem causar doenças renais crônicas
Diabetes e hipertensão podem causar doenças renais crônicas

Reconhecendo os sintomas da DRC

Sintomas iniciais

  • Câimbras à noite
  • Cansaço e dificuldade de concentração
  • Coceiras
  • Dificuldade em dormir
  • Olhos inchados
  • Pés e tornozelos inchados
  • Redução do apetite
  • Micção frequente, especialmente à noite

Sintomas avançados

  • Câimbras intensas e contrações musculares
  • Dor no peito
  • Fadiga e fraqueza
  • Náusea e vômitos
  • Ofegância (respiração curta)
  • Perda de apetite
  • Sangue na urina

Detecção dos sintomas

A DRC normalmente não causa nenhum sintoma até que a função renal tenha diminuído substancialmente, por isso é importante detectar a condição bem antes de qualquer sintoma se desenvolver.

Parte da razão pela qual há tanta dificuldade em diagnosticar precocemente a doença renal crônica é que as pessoas geralmente não apresentam sintomas até que seus rins estejam com somente cerca de 20 a 30 por cento da sua capacidade de funcionamento. O paciente se sente perfeitamente bem e normalmente não vai ao médico.

Os sintomas iniciais da DRC – após a função renal ter diminuído substancialmente, mas antes que a insuficiência renal ocorra – também podem ser leves ou não muito claros.

Esse é outro motivo pelo qual você não deve esperar até sentir sintomas para fazer exames renais preventivos, especialmente se você tem diabetes, pressão alta ou outros fatores de risco.

À medida que a função renal piora, pioram também os sintomas e você pode desenvolver inclusive sintomas adicionais.

Fale com o seu médico mesmo se não tiver sintomas de DRC e peça para realizar exames preventivos periódicos.

Como prevenir ou retardar a DRC na diabetes

A melhor maneira de prevenir a DRC é controlar e tratar condições, como diabetes e hipertensão, que podem causar danos aos rins.

Mudanças no estilo de vida, como manter um peso saudável e não fumar, também ajudam.

Se você está no grupo de risco de desenvolvimento de DRC, converse com seu médico sobre a frequência com que você deve fazer os exames preventivos da doença.

Mudanças no estilo de vida para melhorar a saúde renal

Se você foi diagnosticado com DRC, a primeira coisa a fazer é tentar controlar da melhor forma a diabetes e a pressão alta, para evitar mais danos.

A boa notícia: muitos dos hábitos saudáveis ​​que podem ajudá-lo a controlar a diabetes e a hipertensão, como uma dieta balanceada e exercícios regulares, também ajudam a ter rins mais saudáveis ​​e impedem o agravamento da DRC.

Se a função renal é perdida, ela não pode mais ser restaurada. Mas existem etapas para evitar mais danos e retardar a progressão da DRC.

Ações preventivas para evitar a DRC

  • Regular o consumo de proteínas
  • Dormir adequadamente
  • Manter a glicemia controlada
  • Manter a pressão
  • Manter um peso saudável
  • Manter uma dieta adequada
  • Não fumar
  • Praticar exercícios de relaxamento
  • Praticar exercícios físicos
  • Reduzir o sódio (sal) da dieta

A doença renal crônica pode ser interrompida ou revertida?

O tratamento para a DRC consiste em tratar as suas causas, como diabetes ou hipertensão, e em controlar os sintomas, reduzir complicações e retardar a progressão da doença. As opções de tratamento dependerão da gravidade de sua DRC.

Medicamentos para retardar a progressão da DRC

Uma vez que você desenvolva DRC, seu médico provavelmente irá prescrever medicamentos para ajudar a prevenir maiores danos aos rins. Isso pode incluir:

Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (ECA): muito usados no controle da hipertensão, e que já demonstraram ação positiva na prevenção tratamento de DRC. Exemplos:

  • Benazepril
  • Captopril
  • Cilazapril
  • Delapril
  • Enalapril
  • Fosinopril
  • Lisinopril
  • Perindopril
  • Quinapril
  • Ramipril
  • Trandolapril
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Antagonistas do receptor de angiotensina II: também bastante usados no tratamento de pressão alta e que apresentam bons resultados no tratamento de DRC. Exemplos:

  • Candesartana
  • Eprosartana
  • Irbesartana
  • Losartana
  • Valsartana

Inibidores de SGLT-2: produto desenvolvido para tratar a diabetes tipo 2, mas estudos demonstraram que podem diminuir a progressão de DRC mesmo em pacientes não diabéticos, além de efeitos positivos na função cardíaca e perda de peso. Exemplos:

  • Canagliflozina (Invokana)
  • Dapagliflozina (Forxiga)
  • Empagliflozina (Jardiance)
  • Ertugliflozina (Steglatro)

Tratamento da DRC avançada

Depois que você desenvolve insuficiência renal, há duas maneiras de restaurar a filtragem de fluidos e resíduos de seu sangue: diálise e transplante de rim. Isso normalmente acontece quando a função renal cai para menos de 10%.

Embora os transplantes renais sejam geralmente muito eficazes, eles são mais difíceis de serem realizados, então a diálise é o suporte tratamento padrão para DRC avançada. Porém ela não é recomendada a menos que o paciente realmente precise, porque é um processo complexo e desgastante para o paciente.

Tratamentos de diálise

Existem dois tipos de diálise:

  • Hemodiálise: demanda ir a um centro de diálise três vezes por semana durante várias horas, onde seu sangue é bombeado por uma máquina que filtra os produtos residuais e o excesso de fluidos e depois retorna o sangue ao seu corpo. A hemodiálise é “a primeira escolha” nos casos de insuficiência renal.
  • Diálise peritoneal: realizado em casa e envolve a colocação de uma solução de diálise no abdômen através de um tubo, ou cateter, que é colocado cirurgicamente. A solução então drena os resíduos durante várias horas. Ela pode ser feita manualmente ao longo do dia ou por uma máquina à noite.

Para as pessoas que querem continuar a ter um estilo de vida ativo e ter mais liberdade, a diálise peritoneal é provavelmente a melhor opção, já que você não passa horas e horas em um centro de diálise. Porém ela requer destreza manual, capacidade física, acompanhamento atento e amplo espaço limpo para realizar o procedimento.

Transplante de rim

Um transplante de rim somente é considerado quando é provável que melhore a qualidade de vida e a sobrevivência de uma pessoa em comparação com a diálise. Embora seja muitas vezes o caso para muitas pessoas, algumas optam por continuar com a diálise.

Conseguir um transplante de rim significa passar por um processo de triagem rigoroso e entrar em uma lista de espera, e nem todos serão qualificados – especialmente pessoas que não são saudáveis ​​o suficiente para uma cirurgia, não tenham condições psicológicas ou tiveram câncer nos últimos anos. E mesmo as pessoas que provavelmente se qualificam para um transplante podem não querer passar por um processo longo e incerto.

Perguntas a serem feitas ao seu médico sobre a DRC

Se você tem pressão alta ou diabetes, é importante iniciar – ou continuar – um diálogo com seu médico sobre o risco de DRC. Aqui estão algumas perguntas que você pode fazer, dependendo do seu estado atual dos fatores de risco.

1. Corro o risco de sofrer danos renais se tiver pressão alta?

A pressão arterial elevada pode danificar os vasos sanguíneos dos rins. Se você já teve pressão alta não controlada por algum tempo, há uma boa chance de ter um risco elevado de DRC e será indicado o exame periódico da função renal.

2. Corro o risco de sofrer danos renais se tiver diabetes?

A diabetes é a principal causa de DRC. Dependendo do controle dos seus níveis de açúcar no sangue, você pode ter um risco aumentado de danos renais se você tiver diabetes tipo 1 ou tipo 2. Converse com seu médico sobre maneiras de manter seus rins saudáveis ​​e se você deve fazer exames preventivos de DRC.

3. Devo realizar exames de minha função renal?

Um teste comum para a função renal mede os níveis de creatinina no sangue – um resíduo normal da degradação muscular – e usa esse número junto com outros dados para calcular uma taxa de filtração glomerular estimada (eGFR).

resultado de exame de filtragem glomerular de diabético

Resultado de exame de filtração glomerular de diabético ligeiramente alterada (dados reais)

Outros testes para rastrear e avaliar a doença renal analisam os níveis de proteína e sangue na urina.

resultado de exame de proteína na urina de diabético
Resultado de exame de proteína na urina de um diabético com resultados alterados (dados reais)

4. Tenho doença renal crônica?

Esta pode parecer uma questão básica, mas mesmo algumas pessoas que foram hospitalizadas por doença renal avançada nunca foram informadas pelo seu médico que têm DRC.

Aparentemente quando os médicos de pronto atendimento têm pouco tempo, eles se concentram mais em discutir questões sobre as quais os pacientes têm mais controle, como a pressão arterial ou os níveis de açúcar no sangue.

5. Qual é o nível da minha função renal?

Saber seu nível de função renal e o estágio de sua DRC, se existente, pode ajudar a você e a seu médico a avaliarem se sua estratégia de tratamento atual está funcionando tão bem quanto deveria.

6. Há proteína na minha urina?

Se você tem proteína na urina é importante tomar medidas de correção do sintoma, que podem envolver melhorar a dieta, o estilo de vida ou medicamentos.

7. Devo marcar uma consulta com um médico dos rins (nefrologista)?

Depois de desenvolver DRC, você deve consultar um nefrologista (especialista em rins) para aplicar uma estratégia de tratamento especializada.

8. O que posso fazer para manter meus rins saudáveis ​​ou prevenir mais danos?

Há uma série de etapas que você pode seguir para ajudar a manter os rins saudáveis ​​ou reduzir a progressão da DRC. Seguir um plano alimentar saudável, fazer exercícios regularmente, manter um peso saudável e controlar os níveis de açúcar no sangue e de pressão arterial ajudam em muito.

9. Estou usando o melhor medicamento para a DRC?

Embora a maioria dos médicos que tratam a DRC provavelmente esteja familiarizada com os inibidores da ECA como estratégia de tratamento, alguns podem não estar familiarizados com o uso de inibidores do SGLT2 como um tratamento específico para os rins, uma vez que os estudos que apoiam seu uso para a DRC são bastante recentes.

Os inibidores de SGLT2 são, hoje, o grupo mais eficaz de medicamentos para preservar a função renal, por isso vale a pena discuti-los com seu médico.

Certifique-se de compreender todos os medicamentos que seu médico prescreve e de usá-los corretamente.

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Dieta para ajudar diabéticos a prevenirem a DRC

Mais de um em cada sete adultos tem doença renal crônica (DRC), de acordo com a Fundação Americana do Rim, mas a maioria dessas pessoas não sabe que tem a doença e percebe somente quando ela já esteja avançada.

Sua dieta é uma das maneiras mais importantes de ajudar a manter seus rins saudáveis ​​e a glicemia controlada para prevenir ou controlar a DRC.

Aqui está o que você precisa saber sobre alimentação para ajudar a saúde renal.

Como a dieta pode afetar a saúde renal e a diabetes?

A diabetes não tratada ou não controlada e a pressão alta podem ter um efeito significativo no desenvolvimento da DRC ao longo do tempo.

De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, mais de 10 por cento da população tem diabetes e mais de um terço dos adultos tem pré-diabetes, enquanto cerca de metade dos adultos com mais de 20 anos têm hipertensão. Esses indivíduos apresentam risco aumentado de desenvolverem DRC.

Como parte de uma dieta compatível com a saúde renal, é necessário limitar certos alimentos para prevenir danos aos rins.

Dicas de dieta para saúde renal

Uma dieta compatível com os rins deve limitar o sódio, o colesterol e a gordura e, em vez disso, focar em frutas, vegetais, grãos inteiros, laticínios com baixo teor de gordura e carnes magras (frutos do mar, aves, ovos, legumes, nozes, sementes e produtos de soja).

Pessoas que foram diagnosticadas com DRC também podem precisar limitar alguns outros nutrientes.

Aqui estão algumas maneiras de ajustar sua dieta para manter a saúde dos rins.

1. Dividir o seu prato

Como regra geral: preencha cerca de metade do seu prato com vegetais e frutas, um quarto com proteína magra e um quarto com grãos inteiros e/ou legumes.

2. Limite a ingestão de sal

O sódio está presente em certos tipos de alimentos que nem podemos imaginar, especialmente em alimentos industrializados, como sopas e pães.

Limitar a ingestão de sódio ajuda a manter a pressão arterial sob controle. Tente consumir até 2.300 mg por dia, de acordo com as Diretrizes Dietéticas de 2020-2025 publicadas pelo Departamento de Administração de Alimentos e Medicamentos – ou seja, cerca de 1 colher de chá de sal de cozinha por dia.

Se você está em risco ou já tem pressão alta, seguir uma dieta com baixo teor de sódio pode ser uma boa opção. O plano alimentar de Abordagem Dietéticas para Controle da a Hipertensão (DASH) é especificamente voltado para o controle da pressão.

Experimente também estas dicas para manter o sódio sob controle:

  • Confira as informações nutricionais: qualquer alimento preparado com 20 por cento ou mais de seu valor diário de sódio é considerado rico em sódio. Escolha sopas, refeições congeladas e outros alimentos embalados rotulados como com teor reduzido ou baixo teor de sódio ou sem sal, sempre que puder.
  • Controle os pedidos de comida e as refeições em restaurantes: muitas vezes o sal é adicionado à comida de forma acima do recomendado.
  • Cozinhe em casa usando alimentos inteiros não processados: ao preparar refeições em casa com ingredientes frescos, você controla exatamente a quantidade de sódio (e gordura) que é usada na sua refeição.
  • Lave ou ferva os alimentos enlatados, defumados e pré-salgados antes de comer. Isso ajuda a remover o excesso de sódio.
  • Seja criativo com temperos: evite sal ao cozinhar ou à mesa. Em vez disso, use especiarias, ervas, limão e outros temperos sem sódio.

3. Esteja atento às proteínas

Quando você consome proteínas, seu corpo produz resíduos que são filtrados pelos rins. Embora a proteína seja uma parte importante de uma dieta saudável, comer mais proteína do que o necessário pode fazer com que seus rins trabalhem mais.

Embora mais pesquisas sobre os efeitos de uma dieta rica em proteínas na saúde geral dos rins sejam necessárias, seu médico provavelmente recomendará uma dieta com baixo teor de proteína se você já tiver DRC.

Consumir muita proteína pode causar acúmulo de resíduos no sangue e os rins podem não removê-los adequadamente.

Pessoas com qualquer estágio de DRC que não estejam em diálise, devem limitar sua ingestão de proteínas para 0,6 a 0,8 gramas por quilograma de peso corporal para reduzir a progressão da doença renal.

Por exemplo, uma pessoa que pese 68 kg precisa de 40 a 54 gramas de proteína por dia, o que é cerca de 100 a 170 g de proteínas de origem animal ou vegetal, de acordo com a Fundação Nacional do Rim.

Quer você tenha ou não sido diagnosticado(a) com DRC, optar por fontes de proteína mais saudáveis ​​e observar o tamanho das porções é sempre uma orientação importante para diabéticos.

Boas fontes de proteínas incluem:

  • Carne magra, peixe ou frango sem pele (o tamanho de uma porção é de 100 a 150 gramas, ou aproximadamente o tamanho de uma carta de baralho)
  • Feijão, grão de bico, lentilhas, ervilhas (uma porção é igual a ½ xícara)
  • Laticínios (uma porção de iogurte ou leite é igual a ½ xícara, enquanto uma porção de queijo é igual a 30 gramas – aproximadamente o tamanho de dois polegares juntos)
  • Nozes (uma porção é igual a ¼ xícara)
  • Ovos

4. Escolha carboidratos complexos no lugar de carboidratos simples

Os carboidratos são a principal fonte de energia do seu corpo, e aqueles que estão em alimentos frescos são cheios de fibras que ajudam a saúde do coração e dos intestinos e ajudam também a manter os níveis de açúcar no sangue estáveis.

No entanto, carboidratos simples – como açúcares adicionados em sobremesas, bebidas adoçadas e muitos alimentos embalados – podem aumentar a glicemia e aumentar o risco de obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardíacas.

Como parte de uma dieta geral saudável, você deve limitar doces e alimentos com açúcares adicionados (verifique o rótulo – eles são encontrados em muitos lugares, como por exemplo em iogurte de frutas). As escolhas mais saudáveis ​​de carboidratos incluem grãos inteiros, frutas, vegetais, feijão e lentilhas.

Se você tem diabetes e usa insulina, pode precisar ser ainda mais cuidadoso com a ingestão de carboidratos. É provável que as pessoas precisem contar carboidratos na hora das refeições para que possam dosar a insulina corretamente.

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5. Limite as gorduras saturadas e evite a gordura trans

Dietas ricas em gorduras saturadas e trans aumentam o risco de doenças cardíacas – e o que é ruim para o coração é ruim para os rins.

A saúde do coração e a saúde dos rins estão interligadas, pois o coração bombeia sangue constantemente por todo o corpo e os rins filtram continuamente o sangue para remover produtos residuais e o excesso de fluido do corpo.

As Diretrizes Dietéticas de 2020 recomendam limitar as gorduras saturadas a menos de 10% do total de calorias diárias.

As principais fontes incluem carnes, laticínios integrais, manteiga, banha, óleo de coco e óleo de palma. E evitar totalmente as gorduras trans, encontradas em produtos de panificação e frituras.

Ao invés disso, é melhor consumir gorduras insaturadas saudáveis ​​para o coração, encontradas em peixes gordurosos, abacates, azeitonas, nozes e muitos tipos de óleos vegetais.

6. Modere a ingestão de álcool

O álcool prejudica os rins de várias maneiras. É um resíduo que seus rins precisam filtrar para fora do sangue – e os torna menos eficientes.

É desidratante, o que pode afetar a capacidade dos rins de regular os níveis de água do corpo. Pode afetar a função hepática, o que por sua vez pode afetar o fluxo sanguíneo para os rins e levar à DRC ao longo do tempo. E o alto consumo de álcool aumenta o risco de hipertensão, que pode levar a doenças renais.

Tanto homens quanto mulheres devem beber não mais do que uma dose de álcool ao dia. Isso é 600 ml de cerveja normal, 150 ml de vinho ou 48 ml (um copo) de bebidas destiladas, de acordo com o Instituto Nacional de Abuso de Álcool e Alcoolismo.

7. Verifique se você precisa limitar o fósforo e o potássio

Fósforo e potássio são minerais que seu corpo necessita para diversos processos.

O fósforo ajuda a construir ossos fortes, enquanto o potássio ajuda a regular os batimentos cardíacos e mantém os músculos funcionando corretamente.

Se você tem DRC, no entanto, esses minerais podem se acumular no sangue, causando problemas em todo o corpo. Níveis elevados de fósforo podem extrair o cálcio dos ossos, tornando-os fracos e com maior probabilidade de se quebrarem, e podem causar coceira na pele e dores nas articulações e nos ossos.

resultado de exame de potássio de diabético

Resultado de exame de potássio em diabético, normalizado após intervenção dietética (dados reais)

Você pode precisar limitar os alimentos ricos em fósforo, como proteína animal, laticínios e refrigerantes de cor escura.

Altos níveis de potássio (encontrado em certas frutas e vegetais, bem como laticínios) podem causar problemas cardíacos.

É recomendado realizar exames laboratoriais periódicos de sangue para verificar os seus níveis de potássio e fósforo, e não deixe de perguntar ao seu médico se você precisa controlar a ingestão desses minerais.

resultado de exame de fósforo de diabético

Resultado de exame de fósforo normalizado após intervenção dietética em diabético (dados reais)

Como prevenir doenças renais quando se tem diabetes

Os rins são órgãos vitais responsáveis ​​pelo gerenciamento de resíduos, o que é crucial para manter o equilíbrio químico do corpo e a pressão arterial.

Se você não cuidar bem dos rins, correrá o risco de desenvolver uma série de problemas de saúde, alguns dos quais podem fazer com que esses órgãos simplesmente parem de funcionar.

Algumas das doenças relacionadas aos rins mais comuns são pedras nos rins, infecções do trato urinário e hipertensão.

Como a diabetes afeta os rins?

Doenças renais e diabetes andam de mãos dadas – na verdade, a diabetes é a principal causa de doença renal, de acordo com o Instituto Nacional de Saúde (NIH).

De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), os altos níveis de açúcar no sangue que acompanham a diabetes exigem que os rins trabalhem mais para filtrar o excesso de água e resíduos.

A nefropatia diabética é uma complicação grave relacionada com a diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2. É também chamada de doença renal diabética.

Você sabia que cerca de 10 a 40 por cento das pessoas com diabetes desenvolvem doença renal crônica (DRC)?

No início, a doença renal da diabetes não apresenta sintomas aparentes. De acordo com a Clínica Mayo, nos estágios mais avançados da doença renal, os sinais e sintomas incluem:

  • Aumento do desejo de urinar
  • Coceira persistente
  • Confusão de dificuldade de concentração
  • Fadiga
  • Inchaço (edema) dos pés, tornozelos, mãos ou olhos
  • Náusea e vômito
  • Perda de apetite
  • Pressão alta
  • Proteína na urina

Como diabéticos podem proteger seus rins?

A melhor maneira de prevenir ou retardar a doença renal diabética é manter um estilo de vida saudável e tratar a diabetes e a hipertensão.

Eis algumas dicas úteis:

  • Faça exames preventivos de doença renal. Se o dano renal for detectado precocemente, pode ser retardado ou controlado.
  • Parar de fumar. Fumar reduz o fluxo de sangue para os rins, causando uma diminuição nas suas funções. Também aumenta os níveis de açúcar no sangue, o que piora a função renal.
  • Seja mais ativo. É importante fazer exercícios diariamente e ser fisicamente ativo para controlar a pressão arterial e manter os níveis de açúcar no sangue em níveis saudáveis.
  • Tenha cuidado com anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) como ibuprofeno e naproxeno. Usar AINEs regularmente pode resultar em danos aos rins.
  • Verifique a glicemia regularmente. Defina uma faixa saudável de açúcar no sangue e tente manter seus níveis dentro dessa meta.
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Estratégias para diabéticos protegerem os rins

Coma frutas e vegetais para ter rins mais saudáveis

Em um estudo publicado no Jornal da Sociedade Americana de Nefrologia, os pesquisadores observaram que adicionar frutas e vegetais a sua dieta pode minimizar o risco de lesão renal e de acidose metabólica, uma condição na qual o corpo produz muito ácido, não consegue excretá-lo em quantidade suficiente ou não consegue equilibrar a acidez do organismo.

Excesso de ácido pode causar sintomas potencialmente perigosos, como respiração rápida, fadiga, confusão e – em casos extremos – até choque ou morte.

Frutas e vegetais ajudam os rins a remover o excesso de ácido do corpo e excretá-lo na urina.

Adicionar mais frutas e vegetais ajudou especificamente os pacientes com doença renal crônica, que são mais suscetíveis à acidose metabólica. Esses pacientes geralmente são tratados com bicarbonato e outros suplementos alcalinos.

Mas, neste estudo, os médicos da Faculdade de Medicina da Universidade do Texas, queriam avaliar o efeito de comer somente mais frutas e vegetais – os quais são boas fontes naturais de álcali.

Os pesquisadores trataram alguns dos 71 pacientes com doença renal crônica estágio 4 com uma dieta incluindo frutas e vegetais e outros com um medicamento alcalino oral.

Ambos os grupos apresentaram função renal semelhante, taxas reduzidas de acidose metabólica e taxas reduzidas de lesão renal. Os pesquisadores concluíram, que essas intervenções podem ajudar a melhorar a saúde dos rins em pessoas com diagnóstico de doença renal.

Óleo de peixe faz a diálise funcionar melhor

Um estudo publicado na Revista Rim Internacional relatou que os ácidos graxos ômega-3, como os encontrados no óleo de peixe, podem proteger os pacientes em diálise da morte cardíaca súbita.

Os pesquisadores analisaram os níveis sanguíneos de ácidos graxos ômega-3 em 400 pacientes em diálise, 100 dos quais morreram no primeiro ano de tratamento. O risco de morte súbita cardíaca é maior durante o primeiro ano de diálise.

Os pesquisadores observaram que, durante o primeiro ano de início da hemodiálise, os participantes que tinham níveis mais elevados de ácidos graxos ômega-3 – que são encontrados em peixes gordurosos, como salmão e atum, bem como em sementes de linhaça e nozes – tiveram um menor risco de morte cardíaca súbita.

O estudo pode oferecer pistas para novos tratamentos contra morte cardíaca súbita em pessoas com doença renal que estão fazendo diálise.

Reduza o sal para proteger os rins

Embora o sal, que contém sódio, seja essencial para manter um equilíbrio de fluidos saudável no corpo, consumir alimentos muito salgados pode prejudicar nossos rins.

Quando consumimos muito sal, nossos rins são forçados a trabalhar aceleradamente para expulsar os excessos, podendo sofrer danos com o excesso de atividade.

Comer muitos alimentos salgados também pode aumentar o risco de hipertensão, possivelmente levando a doenças cardíacas e derrame, que diabéticos já têm maior risco de desenvolverem.

De acordo com o Instituto Nacional de Saúde, cerca de um em cada quatro adultos com diabetes tem doença renal, mas controlar bem a diabetes ajuda a manter os rins saudáveis.

Além de consumir muito sal e não seguir uma dieta recomendada para o controle da diabetes, o excesso de peso, a inatividade física e o tabagismo são alguns dos fatores que podem aumentar o risco de doença renal se você tiver diabetes.

Ter uma história familiar de insuficiência renal também pode ser um fator de risco de desenvolver doença renal ou insuficiência renal.

Mantenha seu rins saudáveis ​​com exercícios regulares

De acordo com uma revisão publicada pela Biblioteca Cochrane, o exercício regular beneficia aqueles que vivem com DRC, bem como aqueles que se submeteram a um transplante de rim.

A revisão observa que as pessoas que se exercitam não só melhoram sua aptidão física geral, mas também têm pressão arterial e frequência cardíaca mais saudáveis.

Ao analisar 45 estudos diferentes com mais de 1.800 participantes, os pesquisadores descobriram que entre os pacientes em diálise, aqueles que ainda não precisavam de diálise e os receptores de transplantes, todos se beneficiaram dos exercícios.

O treinamento de resistência auxiliou na capacidade de caminhada, a ioga ajudou na força muscular e os exercícios cardiovasculares melhoraram a capacidade aeróbica.

Glicemia dentro da normalidade previne doenças renais

Estudos mostram que, se você tem diabetes, aumentar o tempo no intervalo recomendado (TIR) glicêmico (por exemplo entre 70 e 140 mg/dl) ​​pode diminuir o risco do desenvolvimento de doença renal.

Uma das melhores coisas que você pode fazer para evitar a doença renal é gerenciar seus níveis de glicose, aumentando seu tempo no intervalo de glicemia recomendado.

Estudos mostram que há uma ligação entre mais tempo no intervalo recomendado e uma diminuição do risco de DRC.

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Como diagnosticar a DRC – Doença Renal Crônica?

Existem dois exames laboratoriais importantes que você pode fazer e que podem mostrar como seus rins estão funcionando e se há danos renais ou não.

Uma maneira pela qual o dano renal é examinado é através da quantidade de albumina (um tipo de proteína) liberada na urina, também conhecida como razão albumina / creatinina urinária (RAC).

A albuminuria ocorre quando há muita albumina na urina. Como os rins saudáveis ​​geralmente não permitem que a albumina passe do sangue para a urina, esse pode ser um marcador precoce de lesão renal. É por isso que é importante fazer o exame regularmente.

Um teste de urina compara a quantidade de albumina, em relação à creatinina, presente na urina. A creatinina é o produto residual da urina que sai dos músculos, pelo gasto normal de energia no dia a dia.

A relação (RAC) da albumina (mg) dividida por creatinina (g) em uma amostra de urina é usada para o diagnóstico da presença de proteínas na urina.

  • Um RAC inferior a 30 mg / g é comum para alguém sem danos renais
  • Um RAC entre 30 e 300 mg / g refere-se a mais albumina do que o normal e às vezes é chamado de microalbuminúria.
  • Um RAC maior que 300 mg / g está gravemente elevado e é geralmente chamado de albuminúria
 resultado de exame de relação albumina e creatinina de diabético

Resultado de exame de relação albumina e creatinina de diabético, regularizado após intervenção medicamentosa (dados reais)

Outro exame importante é um exame de sangue que mede a taxa de filtração glomerular estimada ou eGFR. Este teste pode fornecer informações sobre o funcionamento dos rins.

Juntos, esses dois testes ajudam os profissionais de saúde a identificar a DRC.

Qual é a relação entre TIR e doença renal?

As evidências sugerem que melhorias no tempo da glicemia no intervalo recomendado (TIR) ​​podem diminuir o risco de desenvolver doença renal.

Especialistas na área estão conduzindo pesquisas sobre o valor do monitoramento contínuo da glicose para ajudar a reduzir as complicações relacionadas à diabetes.

As evidências sugerem que melhorias no tempo da glicemia no intervalo recomendado (TIR) ​​podem diminuir o risco de desenvolvimento de doença renal.

Pesquisas sobre diabetes e doenças renais

  1. Em um estudo que analisou o conjunto de dados disponíveis na pesquisa Controle da Diabetes e suas Complicações, os pesquisadores descobriram que os participantes com diabetes tipo 1 que desenvolveram microalbuminúria tinham um TIR médio de 32%dez pontos percentuais menor do que o TIR médio daqueles que não desenvolveram doença renal – (42%).

  1. Nesse mesmo estudo, o risco de desenvolver microalbuminúria aumentou em 40% para cada redução de 10% da glicemia dentro do TIR – tempo dentro do intervalo recomendado.

  1. Em outro estudo em pessoas com diabetes tipo 1, os pesquisadores descobriram que a RAC diminuiu 19% para cada aumento de 10% no TIR.

  1. Resultados semelhantes também podem ser encontrados em pessoas com diabetes tipo 2. Em um estudo publicado pela Cuidados com a Diabetes, uma população de 866 pessoas com diabetes tipo 2 teve o risco de albuminuria diminuído em 6% para cada aumento de 10% na TIR.

  1. Os pesquisadores também descobriram que mais tempo com hiperglicemia (acima de 180 mg / dl) e hiperglicemia grave (acima de 250 mg / dl), leva a um risco maior de desenvolver albuminuria.

  1. Além disso, em um estudo com 836 pessoas com diabetes tipo 2 e doença renal, os pesquisadores descobriram que ter um TIR inferior a 40% leva a um risco aumentado de anormalidades da RAC – Relação Albumina e Creatinina.

  1. Finalmente, ao olhar para uma população de 281 pessoas com mais idade, houve uma associação entre a RAC de uma pessoa e seu TIR – como seu TIR diminuiu com o aumento da idade e com a longa duração da doença, sua RAC aumentou.

Exames adicionais recomendados

Para manter seus rins saudáveis, certifique-se de controlar sua hemoglobina glicada, pressão arterial e colesterol.

Estes marcadores são chamados de “ABC da diabetes”. É especialmente importante que os seus rins sejam avaliados através de exames periódicos, especialmente se você tiver diabetes, hipertensão, doença cardíaca ou histórico familiar de DRC.

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A DRC – Doença Renal Crônica pode afetar os exames de glicemia?

Uma das razões pelas quais os pesquisadores estão buscando a conexão entre o tempo da glicemia dentro do intervalo recomendado (TIR) e a DRC é porque, embora a hemoglobina glicada seja uma métrica importante para avaliar o controle geral da diabetes e seu risco de complicações, ela tem algumas limitações.

A pesquisa mostra que a medição de hemoglobina glicada pode ser menos adequada se você tiver DRC devido a alterações nos glóbulos vermelhos.

Quando os rins começam a falhar, ocorre um acúmulo de ácido no corpo (chamado acidose metabólica). Além disso, a hemoglobina presente nos glóbulos vermelhos pode ser alterada pela DRC.

Ambos os processos podem produzir níveis mais elevados de hemoglobina glicada, mesmo que não ocorram hiperglicemias.

Curiosamente, ter DRC também pode levar a um hemoglobina glicada que parece mais baixa do que realmente poderia ser. Isso é causado pela menor produção de glóbulos vermelhos (resultando em anemia).

Leve com você

A DRC – doença renal crônica é insidiosa, pois não apresenta sintomas até que esteja em um estágio avançado.

A diabetes é a principal causa da DRC, e controlar a glicose no sangue e a pressão arterial são dois fatores fundamentais para evitar a DRC ou sua evolução.

Exames periódicos da função renal devem estar presentes na rotina preventiva de diabéticos, assim como alimentação saudável e rotina de exercícios para evitar a DRC.

Fale com seu médico sobre seus exames periódicos de função renal e esteja atento aos resultados e à evolução do funcionamento dos seus rins.

Esperamos ter ajudado. Paz e saúde!

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Fontes

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2 thoughts on “DIABETES PODE CAUSAR DOENÇA RENAL – O QUÊ FAZER A RESPEITO?

  1. excelente matéria, agradeço muito pelas informações, me ajudou bastante, uma vez que tenho diabetes tipo 2.

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