DIABETES E MASSAS: É POSSÍVEL COMER MACARRÃO SEM AFETAR A GLICEMIA?

DIABETES E MASSAS: É POSSÍVEL COMER MACARRÃO SEM AFETAR A GLICEMIA?
Diabetes com ciência!

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O que diabetes e massas têm em comum? Nada, segundo as orientações médicas e nutricionais eles não deveriam andar juntos, no mesmo organismo. Porém sejam massas, como o macarrão (espaguete), ou pizza, arroz, e outros, a maioria dos diabéticos tem as suas preferências e não raramente trava uma luta diária para controlar o consumo de alimentos não indicados.

Diabetes e massas: posturas do diabético

Quando alguém recebe o diagnóstico de diabetes rapidamente percebe que será “convidado” a mudar substancialmente seus hábitos. E a mudança mais difícil para a maioria será a alimentação, pois, quase que como num vício, nosso organismo se satisfaz muito com o consumo de determinados pratos, dentre eles a massa.

Logo após o diagnóstico normalmente o diabético assume um de quatro comportamentos:

  • Ignora o fato e continua se alimentando da mesma forma, como se fosse um “resfriado” que amanhã possivelmente estará “bem melhor”.
  • Continua seguindo a mesma dieta e consumindo mais e mais medicamentos e até insulina para conseguir manter a glicemia razoavelmente controlada.
  • Entra em uma dieta restritiva, e corriqueiramente anseia pelos alimentos que lhe dão mais satisfação, levando-o à frustração e desejo recorrente.
  • Controla rigorosamente o consumo dos alimentos não indicados que tanto lhe dão satisfação e/ou busca substitutos para os alimentos desejados, que sejam adequados, mas que também lhe deem prazer ao alimentar-se.

Vamos abordar aqui a última opção, que se aplica às massas em geral, mas a praticamente todos os alimentos restritos para diabéticos.

Diabetes e massas: a dieta da diabetes

Uma alimentação saudável pode ajudar a prevenir, controlar e até mesmo reverter a diabetes, especialmente na fase de resistência à insulina ou pré-diabetes. E com as orientações deste artigo, é possível saborear a comida sem sentir fome ou passar por “crises de abstinência”.

O diabético precisa prestar especial atenção a algumas de suas escolhas alimentares – principalmente em relação aos carboidratos que ingere. Em grande parte dos casos, é importante que os pacientes percam algum peso.

Note-se que perder apenas 5% a 10% do peso total pode ajudar (muito) a reduzir os níveis açúcar no sangue, a pressão arterial e os níveis de colesterol. Perder peso e comer de forma mais saudável também podem ter um efeito profundo no humor, energia e sensação de bem-estar. Pessoas com diabetes têm quase o dobro do risco de doenças cardíacas e correm maior risco de desenvolver transtornos mentais, como depressão.

Mas você não tem que desistir inteiramente de massa ou outros alimentos ricos em carboidratos que sejam muito desejados, e simplesmente aceitar uma vida de alimentos insossos.

Diabetes e massas: planejando a dieta

Uma dieta para diabéticos não precisa ser complicada. O primeiro passo para fazer escolhas mais inteligentes é separar os mitos dos fatos sobre alimentação para controlar a glicemia.

Mito: você deve evitar o açúcar a todo custo

Você pode desfrutar de suas guloseimas favoritas, contanto que planeje adequadamente e limite os açúcares, inclusive os ocultos. A sobremesa não precisa ser proibida, contanto que faça parte de um plano de refeições adequado.

Mito: você precisará de refeições especiais para diabéticos

Os princípios da alimentação saudável são os mesmos – seja você diabético ou não. Alimentos caros para diabéticos geralmente não oferecem nenhum benefício diferente do que os alimentos saudáveis para qualquer outra pessoa.

Mito: uma dieta rica em proteínas é a melhor

Estudos têm mostrado que comer muita proteína, especialmente proteína animal, pode na verdade causar resistência à insulina, um fator-chave na diabetes. Uma dieta saudável inclui proteínas, carboidratos e gorduras. Nossos corpos precisam dos três para funcionar corretamente. A chave é uma dieta equilibrada.

Como acontece com qualquer programa de alimentação saudável, uma dieta para diabéticos tem mais a ver com seu padrão alimentar geral do que com a obsessão por alimentos específicos. Procure comer mais alimentos naturais e não processados ​​e menos alimentos embalados ou comprados prontos.

Massas

A massa é muitas vezes um dos pratos mais difíceis para as pessoas reduzirem quando estão mudando para uma forma de comer com baixo teor de carboidratos, mas existem muitas opções que podem recriar a experiência.

O macarrão tipo espaguete costuma ser mais um substrato para molhos e coberturas, portanto, substituir a base carregada de carboidratos por outra é uma das maneiras mais fáceis de transformar seu prato favorito em um com baixo teor de carboidratos.

Muitas dessas alternativas combinam tão bem com um molho marinara ou uma simples adição de azeite e parmesão quanto a massa tradicional. Mas há também outras formas de consumir massa sendo diabético. Veja a seguir algumas.

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Diabetes e massas: como comer macarrão sendo diabético?

O primeiro passo e muito importante: o diabético deve conhecer o limite da quantidade de carboidratos (saiba mais clicando aqui) que pode ingerir em uma refeição. Cada alimento possui a sua quantidade específica e obviamente quanto maior a porção, maior a quantidade de carboidratos.

Esse número varia e depende de diversos fatores como severidade da doença, nível de controle da glicemia, medicamentos utilizados, condição física do dia (não estar doente, nível de estresse, sobrepeso ou obesidade, nível de atividade física, qualidade do sono etc.).

Diabetes e massas: os carboidratos

Um número médio é de 30 gramas de carboidratos, três vezes ao dia (café, almoço e jantar) para pessoas com um razoável a bom controle da glicemia. Mas, ressaltamos, este número pode ser bem diferente, dependendo do caso.

O segundo passo é conhecer a quantidade de carboidratos dos alimentos que compõem a sua refeição. Os rótulos nutricionais fornecem esta informação e uma consulta a Internet pode apontar este número para a maioria absoluta dos alimentos. O site https://www.fatsecret.com.br/calorias-nutrição/ é uma das fontes que pode ser usada.

O terceiro passo é o controle para que o consumo de carboidratos totais na refeição não seja maior que o limite estabelecido para o seu caso.

Há algumas formas de lidar, e até flexibilizar um pouco estes limites, sem comprometer a glicemia e que são apresentadas a seguir.

Limite de carboidratos por refeição

Manter-se dentro do seu limite pode trazer uma série de benefícios surpreendentes:

Diabetes e massas: opção 1, controlar a porção

Dois terços de uma xícara de macarrão (aproximadamente 100 g), têm aproximadamente 26 gramas de carboidratos. Logo, ao consumir essa quantidade, tendo como limite 30 gramas por refeição, há pouco espaço para adição de mais carboidratos. Logo uma quantidade menor seria mais indicada.

Uma opção um pouco mais saudável é usar uma massa 100% integral. Saliente-se que o sabor varia, e em algumas marcas, substancialmente.

Cozinhar o macarrão “al dente” (ainda levemente firme na mordida) diminui um pouco a capacidade do alimento de aumentar a glicemia rapidamente.

Diabetes e massas: opção 2, adicionar (muitas) fibras à refeição

As fibras são digeridas mais lentamente, evitando assim que o corpo necessite de muita insulina de uma só vez. Adicionar alimentos ricos em fibras à refeição faz com que os alimentos sejam digeridos mais lentamente. Isso irá auxiliar a diminuir o pico de glicemia causado pela ingestão de um alimento não indicado, como as massas.

A quantidade de fibras presente em cada alimento é apresentada nos rótulos nutricionais. De maneira geral, é aceito subtrair a quantidade de fibras da quantidade de carboidratos para se obter os carboidratos líquidos do alimento.

Porém a adição de fibras extras também pode funcionar. Alimentos ricos em fibra como chia, farinha de linha, psyllium, inulina, e outros podem fazer parte da refeição e auxiliarem na digestão mais lenta de todos os alimentos. Eu particularmente adiciono à salada, duas colheres de algum desses alimentos, que tem sabor muito suave, e causam apenas a sensação de se adicionar “farinha” à comida.

A recomendação é de 50 g diárias de fibras como limite diário, porém há pessoas que suportam bem quantidades maiores, outras nem tanto.

Estudo

Em um estudo sobre a adição de fibras à alimentação com 83 participantes, obteve-se uma redução de 10% da glicemia média, que já era considerada normal, ao adicionar-se cerca de 20 gramas de fibras à refeição. Isso equivale praticamente a um medicamento antiglicêmico “de ponta”.

Outros benefícios do consumo de fibras são:

  • enorme saciedade produzida, já que elas normalmente “incham” (ganham volume) no estômago, causando forte sensação de satisfação;
  • regulação do processo de digestão, já que a evacuação (fazer cocô) torna-se mais regular e fácil. Indicada também para quem tem dificuldades com o tema.
  • proporciona a proliferação de espécies de bactérias intestinais mais benéficas ao metabolismo.

Outrossim, fibras em demasia podem provocar efeitos colaterais desagradáveis ou mesmo danosos. Então para aqueles que forem experimentar adicionar muitas fibras à refeição, é recomendável começar com porções menores e ir acrescentando maiores volumes dia a dia, avaliando as reações. Medir a glicemia duas horas após o início da refeição também pode fornecer uma visão do efeito da medida.

Diabetes e massas: carboidratos simples e fibras

Logo, considerando um exemplo hipotético, de que alguém consuma 100 gramas de macarrão, com 26 gramas de carboidratos, e uma salada de alface e tomate (1 xícara de cada) e 1 colher de psyllium e outra de farinha de linhaça, essa pessoa terá consumido 8 gramas líquidas de carboidratos.

Sem entrar no mérito do valor nutricional da refeição, pela ausência de micronutrientes de qualidade na massa, mas observando exclusivamente sob a ótica da glicemia, há um risco baixo de elevação da glicemia, mesmo consumindo-se uma alimento não indicado.

Diabetes e massas: opção 3, usar substitutos

Há vários alimentos, como o macarrão, que têm substitutos próximos mais saudáveis e que podem ser preparados de forma similar.

Não, eles não têm o mesmo sabor, mas é trata-se de uma alternativa de se preparar um prato que você aprecie, e poder alimentar-se com porções maiores, acrescido de maior valor nutricional.

Por exemplo, 100 gramas de macarrão de abobrinha têm 4 gramas líquidos de carboidratos, 6 vezes e meia menos que o macarrão tradicional, o que permitiria o seu maior consumo comparativo. Já o macarrão de palmito pupunha tem 2 gramas de carboidratos a cada 100 gramas permitindo um consumo ainda maior.

Logo, é uma decisão pessoal, pouco de um alimento que aumenta a glicemia rapidamente, ou uma quantidade maior de um substituto similar, que pode ser mais satisfatório pelo volume e ainda mais nutritivo. Seu corpo, suas regras.

Diabetes e massas: tenha em mente

Há alguns pontos que devem ser ressaltados neste processo:

  • A contagem de carboidratos não é uma ciência exata. Estes são valores médios e cada organismo pode responder de maneira diferenciada. A única maneira de se ter certeza de que alguma dessas opções esteja realmente fazendo o efeito desejado é medir a glicemia uma ou duas horas após o início da refeição.

  • O consumo de alimentos não indicados não deve tornar-se um hábito. Devem ser indicados em casos de desejo intenso ou compulsão, que não tenham sido resolvidos por outras técnicas. Pesquisas mostram que o consumo constante, ainda que em pequenas quantidades, de alimentos muito desejados, intensificam a vontade de consumi-los frequentemente.

Então pense nas opções 1 e 2, como uma forma de melhor conduzir a sua alimentação tentando minimizar o estresse da restrição que muitos têm, e utilize-os ocasionalmente.

E certamente elas serão melhores do que simplesmente consumir um alimento hiperglicêmico sem tomar qualquer outra precaução glicêmica.

Diabetes e massas: seja esperto com as massas

Reduzir a quantidade de massas, e demais alimentos não indicados, na diabetes, de forma lenta, um pouco de cada vez, dá tempo às suas papilas gustativas para se ajustarem, assim como o seu cérebro a se acostumar a outros sabores e dietas.

Ao consumir massas, é importante reduzir ou eliminar outros alimentos ricos em carboidratos, observando sempre o seu limite de carboidratos por refeição, como por exemplo as sobremesas.

Veja a seguir como tratar macronutrientes adicionais que podem estar presentes nas suas refeições.

Gorduras

Atenção, não tente substituir os carboidratos simples por gordura saturada. Muitos de nós substituímos alimentos como biscoitos por gordura saturada, como leite integral, pensando que estamos fazendo uma escolha mais saudável. Não é.

Escolha as gorduras com sabedoria

Algumas gorduras não são saudáveis, mas outras produzem benefícios para a saúde. Logo é importante escolher as gorduras com sabedoria.

Gorduras insalubres (saturadas) são encontradas principalmente em óleos, carnes vermelhas e laticínios. Não há necessidade de eliminá-las completamente, mas sim, apreciá-las com bastante moderação. A Associação Americana de Diabetes recomenda consumir não mais do que 10% das calorias diárias a partir de gordura saturada.

Gorduras saudáveis (insaturadas) são mais recomendadas, e vêm de peixes e fontes vegetais, como azeite, nozes e abacates. Os ácidos graxos ômega-3 combatem a inflamação e auxiliam na saúde do cérebro e do coração. Boas fontes incluem salmão, atum, cavala e linhaça.

Diabetes e massa: açúcares escondidos

Para diabéticos, ser inteligente com relação às massas é apenas parte da batalha. O açúcar também está escondido em muitos alimentos embalados, e em alimentos básicos de mercearia, como pão, cereais, produtos enlatados, molhos para macarrão, margarina, purê de batata, pratos congelados, refeições com baixo teor de gordura e ketchup. O primeiro passo é localizar os carboidratos escondidos nos rótulos dos alimentos, o que pode exigir algumas investigações.

Os fabricantes fornecem a quantidade total de açúcar em seus rótulos, mas não diferenciam o açúcar adicionado do açúcar que está naturalmente presente no alimento.

Os açúcares adicionados estão listados nos ingredientes, mas nem sempre são facilmente reconhecíveis como tal. Embora açúcar, mel ou melaço sejam fáceis de serem identificados, o açúcar adicionado também pode ser listado como adoçante de milho, xarope de milho rico em frutose, caldo de cana evaporado, cristais de cana, açúcar invertido ou qualquer tipo de frutose, dextrose, lactose, maltose ou xarope.

Embora você espere que os alimentos açucarados tenham açúcar listado próximo ao topo de sua lista de ingredientes, que deve estar ordenada pela quantidade presente, os fabricantes costumam usar diferentes tipos de açúcares adicionados que aparecem espalhados na lista. Mas todas essas pequenas doses de adoçantes diferentes podem resultar em muito açúcar extra e calorias sem valor nutricional.

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3 Passos para Controlar a Diabetes

Substitutos de massa para pessoas com diabetes

Existem muitos substitutos saudáveis ​​para as massas de farinha de trigo, se você estiver disposto a testar alimentos alternativos.

Existem muitas alternativas de massas, e você também pode fazer sua própria massa ‘similar’ usando diferentes tipos de vegetais. Aqui estão as opções mais recentes no mundo das opções às massas.

Diabetes e massas: massa de trigo Integral, fortificada e/ou sem glúten

Surpreendentemente semelhante em textura à massa branca al dente, uma porção de 1/3 de xícara de massa de trigo integral cozida tem três vezes mais fibras do que a massa branca, o que a torna uma opção melhor para o controle da glicose.

Diabetes e massas: grãos inteiros

Os grãos inteiros podem ser uma ótima alternativa às massas tradicionais. Eles podem não se parecer com a aparência de massa, mas preenchem o vigor da massa e assumem o sabor de molhos ao mesmo tempo que adicionam grande valor nutricional.

Os grãos mais comuns, como a quinoa, ganharam certa popularidade nos últimos anos. E outros menos comuns estão aparecendo em receitas, como farro (um tipo de trigo), freekeh (feito do grão do trigo verde) e sorgo, que são ricos em fibras, proteínas, vitaminas e minerais.

Quando cozidos em caldo de frango, carne ou vegetais em vez de água pura, podem ser uma alternativa de massa muito saborosa. Sirva como acompanhamento com peixe ou frango, ou cubra com outra proteína, como ovo ou tofu, mais vegetais e molho. Ou faça saladas à base de grãos.

Diabetes e massas: macarrão vegetal

Alguns novos substitutos da massa não são realmente macarrão, pelo menos não no sentido tradicional. Bem, por mais absurdo que pareça, eles são simplesmente vegetais cortados em formas que lembram massas, algumas vezes são congelados e comercializados como substitutos funcionais e saudáveis de massas.

Espaguete de abóbora

A abóbora é frequentemente usada como substituto da massa. Tem um sabor suave e ligeiramente adocicado e é perfeita para molhos à base de tomate. Quando cozida, sua carne se torna fibrosa, lembrando a aparência de espaguete, o que significa que pode ser facilmente substituída como uma versão com menos carboidratos e mais densa em nutrientes do que as massas tradicionais.

Outro benefício dessa troca é que, em comparação com a massa tradicional, você pode comer um grande volume com a mesma quantidade de carboidratos. Na verdade, 1 1/2 xícaras de espaguete de abóbora cozida ralada é igual em carboidratos a 1/3 xícara de macarrão cozido.

Com 6,5 gramas de carboidratos a cada 100 gramas, a abóbora contém apenas cerca de 20% dos carboidratos que você esperaria na mesma quantidade de massa.

Ao mesmo tempo, é muito mais rica em vitaminas A, C, E, K e tem a maioria das vitaminas B.

Para prepará-la, pique a abóbora e asse por 30–45 minutos a 180 ℃.

A abóbora pode ser fervida, cozida ou assada e oferece uma excelente alternativa rica em nutrientes ao espaguete.

Diabetes e massas: espirais e fitas vegetais

Use um descascador de vegetais para produzir espirais ou fitas de vegetais sem amido para usar no lugar da massa. Algumas boas opções para experimentar incluem abobrinha, cenoura, berinjela, pimentão, nabo, pepino e repolho.

Cozinhe as fitas no vapor para uma sensação na boca semelhante à da massa normal.

Além de ter 3 a 10 vezes menos carboidratos do que macarrão, macarrão vegetal também é uma ótima fonte de fibras, vitaminas e minerais.

Adicionar mais vegetais à sua dieta pode ser imensamente benéfico e pode diminuir o risco de muitas doenças, incluindo doenças cardíacas, e até mesmo certos tipos de câncer. Comer mais vegetais também pode ajudar na perda de peso.

Não descasque seus vegetais, pois a casca é onde se armazena a maior parte dos nutrientes.

Os vegetais espiralizados podem ser consumidos frios ou quentes. Se quiser aquecê-los, coloque o macarrão de vegetais em água fervente por 3 a 5 minutos até ficar cozido, mas ainda firme – conhecido como al dente. Cozinhar demais os fará perder a firmeza.

Macarrão de repolho

Poucas pessoas considerariam o uso de repolho como substituto do macarrão, mas é um substituto enganosamente simples. Com cerca de 6 gramas de carboidratos a cada 100 gramas, tem poucos carboidratos.

Essa quantidade de repolho fornece 54% da Ingestão Diária de Referência (IDR) para a vitamina C e 85% do IDR para a vitamina K.

Você pode usar folhas de repolho inteiras como substituto das folhas de lasanha. Ou como alternativa, corte a cabeça do repolho em forma de macarrão, lembrando que as folhas mais ao centro são mais duras.

Depois de cortado, coloque o repolho em água fervente por aproximadamente dois minutos.

Se for usado para lasanha, as folhas do repolho estarão prontas quando puderem ser facilmente dobradas sem quebrar. Eles vão cozinhar mais no forno, então não as ferva por muito tempo.

Se você estiver fazendo macarrão de repolho remova da água quando estiver macio o suficiente para furar com um garfo.

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Macarrão de cebola

As cebolas são um substituto incomum para ser usado como uma massa. Elas contêm 1/3 dos carboidratos da massa normal e são ricos em fibras, vitamina C, B6, folato, potássio e fósforo.

As cebolas também são uma grande fonte de antioxidantes flavonoides, que oferecem benefícios à saúde, como redução da pressão arterial e melhora da saúde cardíaca.

Descasque e corte-as em fatias de 0,5 cm, depois separe cada anel e coloque-as em uma assadeira grande. Regue com azeite, sal e pimenta e asse por 30 minutos ou até que as cebolas comecem a dourar. Mexa no meio do processo.

Por fim, cubra com o molho e suas guarnições favoritas.

Macarrão Shirataki

O macarrão Shirataki é um macarrão longo e branco, também conhecido como konjac ou macarrão milagroso.

Ele é uma alternativa popular no Oriente e tem baixo teor de carboidratos e poucas calorias. Eles são feitos de um tipo de fibra conhecida como glucomanano, que vem da planta konjac.

O glucomanano é uma fibra solúvel, o que significa que pode absorver água e formar um gel viscoso no intestino. Isso retarda sua digestão, o que pode ajudá-lo a se sentir mais satisfeito por mais tempo.

O macarrão Shirataki é fácil de preparar. Basta desempacotar e enxaguar bem em água quente corrente para retirar o líquido e aquecê-los. Em seguida, adicione o molho de sua escolha.

Como alternativa, você pode aquecer em uma frigideira. Isso removerá um pouco do excesso de água e tornará a textura naturalmente pastosa do macarrão em uma textura mais parecida com a do macarrão.

Macarrão de Tofu

O macarrão tofu é uma variação do macarrão shirataki tradicional. Eles são feitos de uma mistura de tofu e fibra de glucomanano e fornecem poucas calorias e carboidratos adicionais.

É preparado da mesma forma que faria com o macarrão shirataki.

O tofu é rico em proteínas e compostos vegetais benéficos e pode proteger contra problemas de saúde, como doenças cardíacas, diabetes e certos tipos de câncer.

Diabetes e massas: lasanha de berinjela

Uma porção de 100 gramas de berinjela contém cerca de 9 gramas de carboidratos, o que é cerca de 3,5 vezes menos do que a mesma quantidade de massa.

Também é uma boa fonte de fibras, vitaminas e minerais – particularmente vitamina K, tiamina e manganês.

Para preparar sua lasanha de berinjela, comece cortando em fatias finas. Em seguida, pincele os dois lados com azeite e asse as fatias até ficarem macias e douradas, virando-as uma vez. Basta usar essas fatias de berinjela assada em vez de folhas de massa ao fazer a lasanha.

Pode-se também pular a etapa de assar e usar as fatias cruas diretamente se preferir um prato mais úmido.

Diabetes e massas: testes e opiniões pessoais com massas vegetais

Alguns diabéticos realizaram testes de avaliação com massas vegetais. Apresentamos a seguir suas impressões pessoais sobre esses alimentos.

Macarrão de abobrinha

As espirais de abobrinha são arcos de diâmetro médio, aparentemente cortados ao redor da parte estreita do vegetal, não ao longo de seu comprimento.

Informação nutricional:

  • Tamanho da porção: 1/2 xícara
  • Calorias: 15
  • Carboidratos: 2

Cozimento e preparação: tempo de cozimento em torno de 6 minutos.

Glicemia:

  • antes da refeição: 117
  • uma hora após: 117

Macarrão de abóbora

O espaguete de abóbora é conhecido e consumido há décadas. Pode ser consumido com sal e manteiga, ao invés de com molhos.

Informação nutricional:

  • Tamanho da porção: 1/2 xícara
  • Calorias: 25
  • Carboidratos: 4 líquidos (5 menos 1 para fibra)

Tempo de cozimento no micro-ondas foi de 7 minutos. De sabor suave e agradável. Tem uma consistência crocante, mas não se assemelha a uma massa.

Relatório de açúcar no sangue:

  • Antes da refeição: 118
  • Após 1 hora: 113
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Macarrão de cenoura

Cortadas longitudinalmente se assemelham mais a espaguete.

  • Tamanho da porção: 1 xícara
  • Calorias: 30
  • Carboidratos: 4 líquidos (7 menos 3 para fibra)

O tempo de cozimento é de aproximadamente 7 minutos. De sabor leve, mas não sem graça como outras opções. As cenouras ficaram surpreendentemente boas com molho Alfredo. A consistência realmente lembra o macarrão.

Relatório da glicemia:

  • Antes da refeição: 119
  • Após 1 hora: 130

Macarrão de beterraba

É mais espesso, mas muito mais curto que um espaguete tradicional e tem uma cor de carne crua.

Informação nutricional:

  • Tamanho da porção: 3/4 xícara
  • Calorias: 35
  • Carboidratos: 6 líquidos (8 menos 2 para fibra)

Tempo de cozimento de 8,5 minutos. Como as cenouras, as beterrabas têm uma consistência que não é muito diferente da massa tradicional, mas tem um sabor mais forte e seu cheiro também forte tornaram difícil comparar com o sabor do espaguete.

Relatório da glicemia:

  • Antes da refeição: 114
  • Em 1 hora: 122

Comparando massas vegetais com macarrão ‘real’

Comparativamente um macarrão tipo Barilla de massa branca de trigo produziu os seguintes resultados:

Informação nutricional:

  • Tamanho da porção: 70 gramas
  • Calorias: 200
  • Carboidratos: 39 líquidos (42 menos 3 para fibra)

Fervido no fogão, com um pouco de azeite e sal até ficar al dente, e depois escorrido.

Relatório de glicemia:

  • Antes da refeição: 101
  • Uma hora após: 197

Leve com você

Há opções melhores na diabetes do que simplesmente consumir massas à vontade ou cortá-las da dieta, se o desejo de consumo for muito intenso. Todas passam pelo controle do limite de carboidratos recomendados.

Como substitutos, vários macarrões vegetarianos são promissores. Interessantemente os vegetais de raiz se parecem mais com macarrão do que os vegetais aéreos, aqueles que crescem acima do solo.

O impacto de macarrões vegetais na glicemia é mínimo, o que não é inesperado. Cenouras e beterrabas as de melhor sabor proporcionaram um aumento maior da glicemia, porque contêm mais açúcares, mas ficaram bem abaixo de níveis altos de glicose pós-refeição.

Em caso de dúvidas, críticas ou sugestões, entre em contato por e-mail com [email protected] ou deixe seu comentário neste artigo.

Esperamos ter ajudado. Paz e saúde!

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Fontes:

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