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Diabetes e os sintomas das complicações: Caso não queira ou não consiga ler este conteúdo, ele também pode ser ouvido em nosso site. Para isso clique aqui, ou use o tocador abaixo.
A diabetes pode gerar inúmeras complicações que todo diabético quer evitar. Portanto deve estar sempre atento para reconhecer os sinais de que algumas delas podem estar evoluindo, mesmo com a glicose no sangue controlada, já que na maior parte das vezes elas são irreversíveis.
Aprenda a reconhecer os sinais das complicações da diabetes. Mas antes vamos apresentar uma singela história sobre como “lidar com o peso da diabetes”, já que o restante do artigo é bem “pesado”.
Como definir a diabetes de uma forma diferente
A melhor metáfora que consegui pensar ao conversar com um amigo diabético, recém diagnosticado, sobre os cuidados necessários para o controle da diabetes foi a seguinte: “Pense que você arrumou um emprego do qual você não pode se demitir”!
“Como assim?” Ele questionou.
Você tem que estar atento às suas “obrigações e tarefas permanentes”, que envolvem: ter alimentação adequada, exercitar-se, procurar diminuir o estresse, dormir bem, fazer exames laboratoriais periódicos, ver o seu médico regularmente, medir a glicemia e a pressão rotineiramente e além de todos esses cuidados, adicione: estar atento aos sintomas das complicações causadas pela diabetes.
A diabetes é chamada de doença silenciosa porque sintomas claros somente são percebidos quando ela já está em um estágio mais avançado. O mesmo passa com as complicações causadas pela diabetes. Com o agravante de que a maioria dessas complicações é irreversível. Quanto antes detectadas, mais facilmente serão tratadas, mas se deixadas de lado podem levar a um quadro bem grave.
Atenção: a lista dos sintomas das complicações mais comuns da diabetes deve ser avaliada de maneira criteriosa, levando-se em conta que:
- Não se preocupe à toa, mas mantenha-se alerta. Alguns sintomas são comuns e podem ocorrer inclusive em não diabéticos. Então, assegure-se que sejam “reais” ou constantes e não uma ocorrência eventual.
- Os sintomas aqui listados podem ser causados pela diabetes, mas podem ter outras origens. Então uma investigação clínica provavelmente será necessária para diagnosticar a real causa dos eventos.
- Exames adicionais como hemogramas, frutosamina, colesterol, pressão, cultura de urina, eletrocardiograma, fundo de olho, e vários outros, são necessários para a detecção precoce de complicações que ainda não apresentem sintomas. Se ainda não estão na sua rotina, fale com seu médico para incluí-los no seu acompanhamento da diabetes.
- Estar atento aos sintomas e agir antes que eles fiquem mais graves é a chave para evitar complicações graves.
- A melhor forma de evitar as complicações da diabetes é manter o controle da glicemia. Fazer o melhor possível e um pouco mais evitará dor, sofrimento, despesas, perda de qualidade de vida e potencial perda de anos de vida.
Então meu amigo me perguntou, em tom de brincadeira: “E esse emprego paga bem?”
Respondi: “Sim: qualidade de vida, melhora da saúde geral e anos adicionais de vida. Não é o emprego dos sonhos, mas duvido que você ache outro que lhe pague com algo de mais valor. E, parabéns, você está contratado!”
Passou a “bater o ponto” todos os dias. Sem férias, nem feriados. Para minha alegria, um “funcionário exemplar”, que não quer “ser despedido”! E você que nos lê ou ouve, seja também bem-vindo, ao “emprego que paga muito, mas que ninguém quer”.
Segue uma lista da maioria dos sintomas das complicações mais comuns da diabetes, com indicações de artigos que detalham as complicações relacionadas.
Esperamos que ajude! Paz e saúde!
Diabetes e sintomas das complicações: hipertensão e doenças macrovasculares
O excesso de açúcar no sangue diminui a elasticidade dos vasos sanguíneos e faz com que eles se estreitem, impedindo o fluxo sanguíneo. Isso pode levar a um fornecimento reduzido de sangue e oxigênio, aumentando o risco de hipertensão e de danos aos vasos sanguíneos grandes e pequenos.
A hipertensão é um fator de risco para doenças cardíacas. De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), 74 por cento dos adultos com diabetes têm hipertensão.
Danos em grandes vasos sanguíneos são conhecidos como doenças macrovasculares, enquanto doenças microvasculares se referem a danos nos vasos sanguíneos pequenos.
As complicações da doença macrovascular incluem:
- ataque cardíaco
- acidente vascular cerebral (AVC)
- doença arterial periférica
Complicações dos vasos sanguíneos na diabetes
A arteriosclerose ocorre quando os vasos sanguíneos que transportam oxigênio e nutrientes do coração para o resto do corpo (artérias) se tornam espessos e rígidos – às vezes impedindo o fluxo sanguíneo adequado para os órgãos e tecidos.
As artérias saudáveis são flexíveis e elásticas, mas com o tempo, as paredes das artérias podem endurecer.
O excesso de açúcar no sangue favorece em muito a produção de um fenômeno conhecido como glicação, que é a ligação do açúcar a uma proteína ou às gorduras (lipídios). A glicação é responsável por muitas complicações micro e macrovasculares na diabetes mellitus e também no envelhecimento.
Acredita-se que os produtos finais da glicação sejam a principal causadora das complicações vasculares da diabetes, por causar o enrijecimento e enfraquecimento do colágeno nas paredes dos vasos sanguíneos, causando hipertensão, aneurismas, AVCs, entre outras consequências.
A aterosclerose é um tipo específico de arteriosclerose.
A aterosclerose é o acúmulo de gorduras, colesterol e outras substâncias nas paredes das artérias, chamado de placa. Ela causa o estreitamento das artérias, bloqueando o fluxo sanguíneo. A placa também pode estourar, causando um coágulo sanguíneo.
A aterosclerose leva a ataques cardíacos e derrames. A aterosclerose é 2 a 4 vezes mais comum e tende a ocorrer mais cedo em pessoas com diabetes do que em pessoas sem diabetes.
Normalmente, não se tem sintomas de aterosclerose até que uma artéria esteja tão obstruída que não possa fornecer sangue suficiente para órgãos e tecidos. Às vezes, um coágulo de sangue bloqueia completamente o fluxo sanguíneo ou até mesmo se rompe e pode causar um ataque cardíaco ou derrame.
Os sintomas de aterosclerose moderada a grave dependem de quais artérias são afetadas. Por exemplo:
- Aterosclerose nas artérias do coração, pode apresentar sintomas, como dor no peito (angina).
- Aterosclerose nas artérias que levam sangue ao cérebro, pode ter sinais e sintomas como dormência súbita ou fraqueza nos braços ou pernas, dificuldade para falar ou fala arrastada, perda temporária de visão em um olho ou músculos caídos no rosto. Eles sinalizam um ataque isquêmico transitório (AIT), que, se não for tratado, pode progredir para um derrame.
- Aterosclerose em artérias dos braços e pernas, pode provocar sintomas de doença arterial periférica, como dor nas pernas ao caminhar (claudicação) ou diminuição da pressão arterial em um membro afetado.
- Aterosclerose nas artérias que levam sangue aos rins, desencadeiam pressão alta ou insuficiência renal.
Diabetes e sintomas das complicações: danos nos nervos (neuropatia diabética)
Começa usualmente nas mãos e nos pés. Mas também pode afetar o estômago, os intestinos, a bexiga, os órgãos genitais, o coração e outras partes do corpo.
Normalmente envolve:
- Formigamento, dor ou dormência nas mãos ou pés
- Problemas de estômago, como náuseas, vômitos ou diarreia
- Infecções frequentes da bexiga ou problemas para esvaziar a bexiga
- Problemas para obter ou manter uma ereção
- Tontura
Neuropatia Focal (Mononeuropatia Diabética)
Esse tipo de neuropatia diabética afeta um nervo de cada vez, e os sintomas dependem de qual nervo é afetado. Por exemplo, pode afetar os nervos no peito (nervos torácicos) e causar dormência e dor na parede torácica que imita angina, ataque cardíaco ou apendicite.
Outros tipos de neuropatia focal podem causar:
- Dor nas coxas.
- Dor forte na parte inferior das costas ou pelve.
- Dor no peito, estômago ou na lateral.
- Dor atrás dos olhos.
- Incapacidade de foco visual.
- Visão dupla.
- Paralisia de um lado do rosto.
- Problemas de audição.
Polineuropatia diabética
A polineuropatia diabética (PND) afeta vários nervos sensoriais e motores periféricos que se ramificam da medula espinhal para os braços, mãos, pernas e pés. Normalmente, os nervos mais longos – aqueles que se estendem da coluna até os pés – são os mais afetados.
PND pode causar:
- Sensações incomuns (parestesias), como formigamento, queimação ou formigamento.
- Dormência e dor nas mãos, pernas e pés.
- Fraqueza dos músculos dos pés e das mãos.
- Dores ou cãibras agudas.
- Sensibilidade extrema ao toque.
- Insensibilidade à dor ou mudanças de temperatura.
- Perda de equilíbrio ou coordenação e dificuldade para caminhar em superfícies irregulares.
Alguns casos leves de DPN podem passar despercebidos por anos, mas o agravamento dos danos aos nervos pode causar dor intensa e tornar as atividades diárias mais simples – como dormir ou caminhar – extremamente desconfortáveis.
Se não for tratada, a PND pode resultar em mais danos aos nervos de outras partes do corpo, como os olhos, o trato digestivo e os órgãos sexuais. Também é a principal causa de amputações.
Diabetes e sintomas das complicações: neuropatia periférica
Esse tipo geralmente afeta os pés e as pernas. Casos raros afetam os braços, abdômen e costas.
Os sintomas incluem:
- Formigamento
- Dormência (que pode se tornar permanente)
- Queimação (especialmente à noite)
- Dor
Os primeiros sintomas geralmente melhoram quando o açúcar no sangue está sob controle. Existem medicamentos para ajudar a controlar o desconforto.
Neuropatia autonômica diabética
A neuropatia autonômica diabética afeta principalmente os nervos autônomos que servem aos órgãos internos, processos e sistemas do coração, sistema digestivo, órgãos sexuais, trato urinário e glândulas sudoríparas (que secretam suor).
Este tipo de polineuropatia diabética pode causar sintomas como:
- Náuseas e vômitos persistentes.
- Diarreia, prisão de ventre.
- Suor excessivo ou ausência de suor.
- Disfunção sexual.
- Problemas digestivos.
- Pressão sanguínea baixa.
- Percepção prejudicada da dor.
Neuropatia proximal (amiotrofia diabética)
A neuropatia proximal tende a afetar adultos mais velhos e pode atingir pessoas com diabetes recentemente diagnosticada ou mesmo bem controlada.
O principal sintoma é a dor nos nervos que começa na parte superior da coxa de uma perna e pode envolver o quadril e a região lombar. A perda de peso é um sintoma em cerca de 35% dos pacientes com neuropatia proximal e cerca de 18% experimentam fraqueza na área afetada, além da dor. Pode ocorrer mais raramente nos braços.
À medida que a condição progride ao longo dos meses, a dor pode se espalhar e envolver as partes superior e inferior de ambas as pernas. Após vários meses, os sintomas tendem a diminuir, mas os pacientes podem ficar com deficiências duradouras, incluindo pé caído e recorrência dos sintomas.
Os sintomas da neuropatia diabética podem ser semelhantes a outras condições ou problemas médicos. Sempre consulte seu médico para um diagnóstico.
Neuropatia Autonômica
Esse tipo geralmente afeta o sistema digestivo, especialmente o estômago. Também pode afetar os vasos sanguíneos, o sistema urinário e os órgãos sexuais.
Sintomas no sistema digestivo:
- Inchaço
- Diarreia
- Prisão de ventre
- Azia
- Náusea
- Vômito
- Sensação de saciedade após pequenas refeições
Os sintomas nos vasos sanguíneos incluem:
- Desmaios ou tonturas ao levantar-se rapidamente
- Batimentos cardíacos acelerados
- Tonturas
- Pressão sanguínea baixa
- Náusea
- Vômito
- Sentir-se satisfeito mais cedo do que o normal
Homens:
Os sintomas incluem: incapacidade de ter ou manter uma ereção, ou ejaculações “secas” ou reduzidas.
Mulheres:
Os sintomas incluem: menor lubrificação vaginal e menos ou nenhum orgasmo.
No sistema urinário:
Os sintomas incluem:
- Dificuldades para esvaziar a bexiga.
- Inchaço
- Incontinência (vazamento de urina)
- Mais idas ao banheiro à noite
Neuropatia Proximal
Esse tipo causa dor (geralmente de um lado) nas coxas, quadris ou nádegas, e pode causar fraqueza nas pernas.
A maioria das pessoas com essa condição precisa de tratamento, como medicação e fisioterapia, para a fraqueza ou para a dor.
Neuropatia Focal
Esse tipo pode aparecer repentinamente e afetar nervos específicos, mais frequentemente na cabeça, tronco ou pernas. Causa fraqueza muscular ou dor.
Os sintomas incluem:
- Visão dupla
- Dor nos olhos
- Paralisia de um lado do rosto (paralisia de Bell)
- Dor forte em uma determinada área, como na parte inferior das costas ou perna(s)
- Dor no peito ou barriga, que às vezes é confundida com outra condição, como ataque cardíaco ou apendicite
Diabetes e sintomas das complicações: outros danos nos nervos
Pessoas com diabetes também podem ter outras doenças relacionadas com os nervos, como compressões nervosas (síndromes de compressão).
A síndrome do túnel do carpo é um tipo muito comum, causando dormência e formigamento nas mãos e, às vezes, fraqueza muscular ou dor.
Se você acha que pode ter algum tipo de problema nos nervos, converse com seu médico, para que ele verifique a causa.
Diabetes e sintomas das complicações: doenças renais (nefropatia diabética)
A nefropatia diabética geralmente não apresenta sintomas no seu início. Não se pode dizer se há proteína na urina sem um exame laboratorial de urina. Pode levar muitos anos para que o dano renal progrida. Os sintomas geralmente só aparecem quando o dano já avançou significativamente.
À medida que a função renal piora, há alguns sinais e sintomas que indicam a presença de doença renal diabética:
- Náuseas, vômitos e falta de apetite.
- Anemia (baixa contagem de sangue).
- Pressão alta.
- Enjoo matinal.
- Níveis elevados de ureia e creatinina no sangue.
- Problemas para dormir ou se concentrar.
- Dificuldades em pensar com clareza.
- Perda de peso.
- Sonolência.
- Pele extremamente seca e coceira.
- Cãibras musculares (especialmente nas pernas).
- Fraqueza, palidez.
- Retenção de fluidos devido a pés e tornozelos inchados.
- Inchaço ao redor dos olhos.
- Necessidade de urinar com mais frequência.
Os sintomas de dano renal em estágio avançado de nefropatia diabética podem incluir:
- Perda de sono.
- Pouco apetite.
- Perda de peso.
- Náusea.
- Dificuldade de concentração.
- Pele seca e coceira.
- Cãibras musculares.
- Aumento da micção.
- Acúmulo de líquido (inchaço nos tornozelos, pés ou mãos).
- Olhos inchados.
Diabetes e sintomas das complicações: problemas de pele
Pessoas com diabetes desenvolvem com frequência infecções bacterianas e fúngicas, normalmente na pele e na boca. Quando os níveis de glicose no sangue estão elevados, os glóbulos brancos não conseguem combater as infecções com eficácia. Qualquer infecção que se desenvolva tende a ser mais grave e leva mais tempo para se resolver em pessoas com diabetes. Às vezes, uma infecção é o primeiro sinal de diabetes.
Uma dessas infecções, provocada por fungos, é conhecida como candidíase. A levedura Candida é um residente normal da boca, do trato digestivo e da vagina e geralmente não causa danos. Em pessoas com diabetes, no entanto, ela pode multiplicar-se excessivamente nas membranas mucosas e áreas úmidas da pele, causando feridas.
Diabéticos também são particularmente propensos a terem úlceras e infecções nos pés e nas pernas devido à má circulação na pele. Muitas vezes, essas feridas se cicatrizam lentamente ou nem cicatrizam.
Quando não cicatrizam, geralmente infeccionam e isso pode resultar em gangrena (morte do tecido) e infecção óssea (osteomielite). Pode ser necessária a amputação do pé ou de parte da perna, em casos graves.
Complicações da diabetes na pele
A dermopatia diabética pode aparecer espontaneamente como manchas na pele das canelas, e geralmente em ambas as pernas.
As manchas podem ser inicialmente ligeiramente rosadas, castanhas ou roxas e podem ser um pouco escamosas ao toque.
Depois de algum tempo, as manchas progridem e tornam-se marrons e redondas ou ovais. Eles têm normalmente menos de 1 centímetro (cm) de diâmetro, mas podem medir até 2,5 cm. Eles podem se parecer com manchas senis (manchas em pessoas idosas), especialmente quando várias aparecem ao mesmo tempo.
Em casos raros, a dermopatia diabética também pode aparecer em outras áreas do corpo, como na parte superior das coxas ou nos antebraços ou nas laterais dos pés.
A condição em si é inofensiva e não causa sintomas ou dores adicionais. Portanto, manchas na pele que estão queimando, formigando ou com coceira podem ser um sinal de outra doença de pele.
Um dos sintomas cutâneos mais comuns relacionados à diabetes e um sinal de níveis elevados de glicose é a secura. A parte inferior das pernas geralmente é a primeira a desenvolver pele seca e depois coceira.
Condições comuns de pele associadas à diabetes
A coceira na pele, também chamada de prurido, pode ter várias causas, como pele seca, fluxo sanguíneo insuficiente ou infecção por fungos. Quando a coceira é causa por falta de fluxo sanguíneo, ela normalmente ocorrerá na parte inferior das pernas e pés. Uma loção pode ajudar a manter a pele úmida e prevenir a coceira causada pelo ressecamento da pele.
As infecções cutâneas por estafilococos são mais comuns e mais graves em pessoas com glicemia mal controlada. Quando os folículos capilares estão irritados, essas bactérias podem causar furúnculos ou inchaço inflamado.
Descoloração da pele e mudanças na textura
A dermopatia diabética, também conhecida como “manchas na canela”, provoca o desenvolvimento de manchas de pele escamosa em tons de marrom claro, ovais ou circulares e localizadas na parte inferior das pernas.
Embora essa forma de descoloração da pele relacionada à diabetes normalmente não exija tratamento, ela pode persistir mesmo quando a glicose no sangue estiver bem controlada.
Necrobiose diabética causa manchas de pele escura nas pernas, que às vezes estão associadas à coceira e à dor extrema. Embora o tratamento geralmente seja desnecessário, é importante conversar com um médico sobre as maneiras de evitar que essa condição progrida.
Acantose nigricante é um tipo de descoloração da pele relacionada com a diabetes que apresenta manchas marrons, bronze ou cinza na pele do pescoço e que também podem aparecer na virilha e nas axilas, nos cotovelos e nos joelhos. As manchas costumam ter uma sensação e aparência aveludadas. Este tipo de descoloração da pele é mais prevalente em pacientes diabéticos que são obesos.
A aterosclerose, que é o estreitamento dos vasos sanguíneos, pode afetar o fornecimento de sangue à pele, e pode levar a mudanças, como queda de cabelo, pele brilhante (especialmente nas canelas), unhas espessas e descoloridas e pele fria.
Xantomatose eruptiva ocorre quanto se tem colesterol muito alto. Saliências firmes, amarelas e semelhantes a ervilhas cerosas na pele são circundadas por halos vermelhos e provocam coceira. Geralmente aparecem nos olhos, cotovelos, rosto, nádegas e na parte de trás dos braços e pernas. Para tratá-la controlar o nível de colesterol e triglicerídeos no sangue. As saliências geralmente desaparecem após algumas semanas.
Diabetes e condições de pele menos comuns
Bolhas relacionadas à diabetes (diabeticorum bolhoso), que se assemelham a bolhas de queimadura, podem afetar os dedos das mãos, o corpo das mãos, dedos dos pés, pés, pernas ou antebraços. Elas geralmente são indolores e desaparecem depois de algum tempo. Costumam ocorrer em pessoas com diabetes severa e com neuropatia diabética.
Granuloma anular disseminado causa áreas em forma de anel ou arco bem definidas na pele. Essas erupções cutâneas ocorrem com mais frequência nos dedos e nas orelhas, mas também podem aparecer no tórax e no abdômen. A erupção pode ser vermelha, marrom-avermelhada ou da cor da pele.
A Scleredema diabeticorum é uma condição que causa um espessamento da pele na parte de trás do pescoço e na parte superior das costas. É raro, mas pode afetar pessoas com diabetes tipo 2.
Outros sinais de diabetes relacionados à pele
Embora sejam comuns em pessoas com boa saúde, pode haver uma conexão entre vários sinais na pele e a diabetes: grande quantidade de marcas na pele pode indicar um alto nível de insulina no sangue. Alguém que ainda não foi diagnosticado, pode avaliar esse como um dos muitos sinais cutâneos de diabetes.
Aquele que tem diabetes, também pode estar mais sujeito a infecções bacterianas, que podem causar dor, vermelhidão, inchaço e pele quente ao toque. As bactérias mais comuns que causam infecções da pele são o estafilococo e o estreptococo, que podem causar furúnculos, foliculite e alterações nas unhas dos pés e das mãos. As infecções bacterianas requerem tratamento médico, por isso é fundamental consultar um médico ao sentir qualquer alteração incomum na pele.
As infecções fúngicas, aquelas causadas por fungos ou leveduras, são uma das muitas complicações cutâneas do diabetes. Elas são mais comumente encontrados em pessoas cujos níveis de glicose não estão bem controlados.
As infecções fúngicas aparecem como áreas de pele vermelha, com coceira e inchada que podem estar rodeadas por bolhas ou escamas secas e uma secreção branca nas dobras da pele, e também sob os seios, bem como na virilha, axilas e cantos da boca. Infecções fúngicas comuns em pacientes com diabetes incluem pé de atleta e micose, que podem coçar, se espalharem e piorarem.
Glicemia alta crônica pode aumentar o risco de esclerose digital, o que causa rigidez nas articulações das mãos, dedos das mãos e dos pés, ao mesmo tempo que torna a pele nessas áreas grossa, rígida e cerosa.
Um dos sinais cutâneos mais graves de diabetes é a dificuldade de cicatrização de um corte ou ferida, por isso é essencial ficar de olho em quaisquer lesões – especialmente na parte inferior das pernas e pés – para evitar infecções.
Diabetes e sintomas das complicações: outras infecções de pele
Infecções que podem ocorrer com frequência em diabéticos:
- Hordéolo, conhecido popularmente como terçol, que é uma infecção das glândulas da pálpebra.
- Infecção no canto da boca, conhecida como “queilite angular”.
- Onicomicose é uma infecção fúngica das unhas dos pés e das mãos, que causa a separação da unha.
Outras condições na pele relacionadas com a diabetes:
- Vitiligo, uma condição que afeta a cor da pele. Mais comum em diabéticos tipo 1.
- Manchas de pele que parecem descoloridas, e que costumam aparecer no peito e no estômago. Podem aparecer também no rosto, ao redor da boca, nariz e olhos.
Diabetes e problemas nos pés
A diabetes causa muitas mudanças no corpo. As seguintes alterações nos pés são comuns e difíceis de tratar:
- O dano nos nervos (neuropatia) afeta a sensação nos pés, de modo que é possível não perceber a sensação de dor nos pés. Irritações e outras formas de lesão podem passar despercebidas. Uma lesão pode atravessar a pele antes que qualquer dor seja sentida.
- Mudanças nas sensações alteram a maneira como as pessoas com diabetes carregam o peso nos pés, concentrando o peso em certas áreas, formando calosidades (e pele seca), que aumentam o risco de lesões na pele dos pés.
- A diabetes pode causar má circulação nos pés, tornando mais provável a formação de úlceras quando a pele está danificada e tornando a cicatrização mais lenta.
- Como a diabetes pode afetar a capacidade do corpo de combater infecções, uma úlcera no pé infecciona mais facilmente. Por causa da neuropatia, as pessoas podem não sentir desconforto devido à infecção, até que ela se torne séria e difícil de tratar, levando à gangrena. Diabéticos têm mais de 30 vezes mais probabilidade de necessitarem uma amputação de um pé ou perna do que pessoas sem diabetes.
Os cuidados com os pés são essenciais, e eles devem ser protegidos de lesões e a pele deve ser mantida úmida com um bom hidratante. Os sapatos devem caber corretamente, e devem ter amortecimento apropriado para distribuir a pressão causada pela postura em pé. Andar descalço não é aconselhável.
Diabetes e sintomas das complicações: problemas dentários de diabetes
Diabéticos devem consultar um dentista se forem observados os seguintes sintomas:
- Sangramento ou feridas nas gengivas.
- Gengivas de cor vermelho intenso.
- Infecções frequentes na boca e gengiva, como gengivite e periodontite.
- Ter mau hálito permanente.
- Manchas brancas ou vermelhas na língua e dentro das bochechas. Às vezes, elas se transformam em feridas abertas.
- Dentes frouxos ou sensíveis.
- Boca seca.
- Cura lenta de feridas na boca.
Bactérias provocam o sangramento das gengivas, e fazem com que elas fiquem vermelhas e doloridas.
Tanto a diabetes quanto a idade avançada (especialmente em mulheres) reduzem a produção de saliva.
Diabetes e sintomas das complicações: problemas de visão
Lesões oculares nem sempre causam sintomas, mesmo que estejam em grau avançado. Portanto, é muito importante consultar um oftalmologista pelo menos uma vez por ano.
Níveis anormalmente elevados de açúcar no sangue podem causar visão embaçada, que ocorre quando o fluido entra no ducto ocular. Com a normalização da glicemia tende a desaparecer. Mas isso não é o mesmo que retinopatia diabética, que ocorre ao longo do tempo em pessoas com níveis cronicamente elevados de açúcar no sangue.
De acordo com o Instituto Nacional da Visão, a retinopatia diabética é a principal causa de cegueira em adultos. Diabéticos têm risco aumentado de ocorrência de catarata e glaucoma.
Obtenha ajuda médica, se observar estes sinais de aviso:
- Visão embaçada.
- Problemas de leitura.
- Visualizar “anéis” ao redor de luzes ou pontos escuros.
- Tornar-se muito sensível ao brilho da luz.
- Não conseguir ver bem à noite.
- Perda repentina de visão.
- Ver formas flutuando em seu campo de visão.
- Visão turva ou irregular.
- Dor nos olhos ou vermelhidão.
Esses sintomas não significam necessariamente que se tenha retinopatia diabética, mas é importante fazer um checkup periódico e verificar sintomas incomuns.
Retinopatia diabética leve não proliferativa
Este é o primeiro estágio da retinopatia diabética, quando nenhum sintoma é apresentado. Durante esse período, pequenas áreas de inchaço em forma de balão (microaneurismas) se desenvolvem nos minúsculos vasos da retina. Os microaneurismas podem vazar fluido para a retina. Além disso, depósitos de gordura são frequentemente observados.
A Associação Americana de Diabetes recomenda que:
- Todas as pessoas diagnosticadas com diabetes tipo 2 devem fazer um exame dos olhos logo após o diagnóstico e a cada ano a partir de então.
- Pessoas com diabetes tipo 1 devem fazer um exame de dilatação do olho em até cinco anos após o diagnóstico e todos os anos depois disso.
Retinopatia diabética não proliferativa moderada
À medida que a doença progride, mais vasos que nutrem e sustentam a retina podem ficar fracos e bloqueados. Eles também podem começar a inchar e ter seu tamanho distorcido.
Os vasos podem perder sua capacidade de transportar sangue, o que pode resultar em inchaço da mácula e contribuir para o edema macular diabético, que leva à distorção da visão.
Conforme a condição avança para os estágios posteriores, podem ocorrer os seguintes sintomas:
- Visão flutuante – variação constante do foco
- Visão prejudicada das cores
- Visão embaçada
- Manchas escuras flutuantes
- Dificuldade em enxergar à noite
- Listras que parecem teias de aranha
Retinopatia diabética não proliferativa grave
Nesse estágio, ainda mais vasos sanguíneos ficam bloqueados, o que interrompe ainda mais o suprimento de sangue para a retina e a mácula. O organismo compensa essa interrupção desenvolvendo novos vasos sanguíneos.
Retinopatia diabética proliferativa
Este é o estágio mais avançado da retinopatia. A RDP ocorre quando os fatores de crescimento desencadeiam a proliferação de novos vasos sanguíneos. Eles crescem ao longo da superfície interna da retina e se transformam no gel vítreo, o fluido que preenche o olho. Esses vasos são fracos e não funcionam de forma eficiente, sendo propensos a vazarem.
Se houver formação de tecido cicatricial, a retina pode se desprender do olho, o que pode levar à perda permanente da visão. Danos aos neurônios da retina e inflamação crônica também podem contribuir para a perda de visão.
Doença hepática gordurosa não alcoólica
É comum que as pessoas com diabetes também tenham uma doença hepática gordurosa, na qual depósitos anormais de gordura se acumulam no fígado. A doença hepática gordurosa às vezes pode progredir para uma doença hepática mais grave, incluindo cirrose.
Os problemas hepáticos são diagnosticados através de exames de sangue e o diagnóstico é confirmado através de uma biópsia hepática. Perder peso, bom controle dos níveis de açúcar no sangue e tratamento do colesterol alto ajudam a evitar essa condição.
DHNGH geralmente não apresenta sinais e sintomas, mas quando eles estão presentes podem incluir:
- Fadiga
- Dor ou desconforto no abdômen superior direito
Sinais de emergência
Se o açúcar no sangue ficar muito alto por muito tempo, normalmente anos, pode levar a condições mais graves, incluindo coma ou até mesmo a morte. Veja o seu médico rapidamente se você sentir:
- Cansaço extremo imotivado, como por exemplo ao caminhar uma curta distância.
- Perder peso inexplicadamente.
- Sentir uma fome anormal, apesar de alimentar-se normalmente ou mesmo após comer em excesso.
- Ficar com muita sede e fazer xixi com muita frequência.
Hipoglicemia
Com hipoglicemia, é possível se ter:
- desmaios
- batimentos cardíacos acelerado
- suor excessivo
- tontura e tremores
- confusão mental
- ansiedade
- sonolência
- perda de consciência
É importante tratar a hipoglicemia rapidamente. É importante conversar com o médico, especialmente se ocorrerem episódios constantes de hipoglicemias. Pode ser adequado adequar a dosagem dos medicamentos, por exemplo.
Problemas sem sinais de alerta
Alguns problemas graves de saúde relacionados à diabetes podem não apresentar sintomas, como:
- Doença renal
- Pressão alta
- Doença cardíaca
Com diabetes, doenças cardíacas podem não apresentar sintomas, mesmo na ocorrência de um ataque cardíaco. E no caso de doença renal, pode não haver nenhum sinal de alerta até que os rins estejam danificados.
Mesmo sem sintomas, é possível detectar esses problemas precocemente seguindo esses passos:
- Consultar um médico pelo menos uma vez por ano.
- Tomar a medicação para diabetes conforme prescrito.
- Esforçar-se em perder peso, se necessário.
- Consumir alimentos saudáveis e não pular refeições.
- Praticar exercícios regularmente.
- Parar de fumar, se necessário.
- Manter a pressão arterial, a glicemia e o colesterol sob controle.
Primeiros sintomas da diabetes
Os sintomas da diabetes ocorrem quando os níveis de açúcar no sangue no corpo ficam anormalmente elevados. Os sintomas mais comuns de diabetes incluem:
- sede fora do normal
- aumento da fome
- cansaço excessivo (fadiga)
- aumento da micção, especialmente à noite
- visão embaçada
Os sintomas podem variar de uma pessoa para outra. Eles também dependem do tipo de diabetes.
Os sintomas da diabetes tipo 1 tendem a começar de forma abrupta. As pessoas com diabetes tipo 1 podem notar uma perda de peso rápida e repentina.
Se os níveis de açúcar no sangue ficarem muito altos, é possível desenvolver uma cetoacidose, que é mais comum em pessoas com diabetes tipo 1. Pessoas com diabetes tipo 2 têm menos probabilidade de sofrer cetoacidose porque a insulina ainda está sendo produzida. Esta é uma complicação aguda e pode acontecer rapidamente, e é considerada uma emergência médica.
Essa condição pode causar:
- respiração profunda e rápida (ofegância)
- náusea ou vômito
- dor de estômago
- tez corada
- confusão mental
- hálito com cheiro de fruta
- coma
Leve com você
Controlar a glicemia, estar atento aos sintomas da diabetes e suas complicações e realizar consultas e exames periódicos é o melhor tratamento preventivo que um diabético pode ter.
Não ignore esses passos, pois a diabetes é silenciosa e as complicações, quando diagnosticadas tardiamente, são irreversíveis na maior parte das vezes, e podem ser graves em muitos casos.
Cuide-se, previna-se. A sua saúde e o seu futuro agradecem. Paz e saúde!
Recomendações
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Fontes
- https: //www.webmd.com/diabetes/diabetes-neuropathy
- https://www.cdc.gov/diabetes/managing/problems.html
- https://www.webmd.com/pain-management/carpal-tunnel/carpal-tunnel-syndrome
- https://idf.org/our-activities/care-prevention/diabetic-foot.html
- https://nei.nih.gov/health/diabetic/retinopathy
- https://www.diabetes.org/diabetes/complications/eye-complications
- https://www.diabetes.org/diabetes/complications/skin-complications
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