PERGUNTAS SOBRE DIABETES: COM O TEMPO, MINHA DIABETES VAI PIORAR?

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Diabetes com ciência!

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Neste artigo especial estamos respondendo a uma pergunta de uma seguidora, referente ao tema: redefinindo a diabetes.

A pergunta enviada foi: “Existe alguma pesquisa sobre se mesmo com bom controle, a tolerância à glicose ainda vai piorar?”

Para responder a essa pergunta, vale a pena analisar como a diabetes tipo 2 foi vista no passado e, em seguida, compará-la com as mudanças significativas na saúde que hoje se sabe que as pessoas com diabetes tipo 2 podem alcançar.

Publicamos aqui nossa resposta para compartilhar com outros que tenham a mesma dúvida e para estimular que mais pessoas enviem as suas dúvidas, pois faremos nosso melhor para respondê-las.

Perguntas sobre diabetes: como era vista a diabetes tipo 2 no passado?

Costuma-se dizer que a prevenção é o melhor remédio, e muito esforço foi colocado para evitar que a pré-diabetes e a diabetes tipo 2 se desenvolvessem. Apesar do aumento dos casos de diabetes ser uma tendência de longo prazo, houve recentemente uma queda nos novos diagnósticos de diabetes tipo 2, o que é uma notícia muito positiva. Mas, e aqueles que já foram diagnosticados com diabetes tipo 2?

Historicamente, a diabetes tipo 2 foi pensada como uma via de mão única: uma doença crônica, progressiva e irreversível que exigia quantidades crescentes de medicamentos para controlá-la, com o passar dos anos.

Em um caso típico, alguém poderia ter falhado em controlar seus níveis de glicose no sangue apenas com dieta e estilo de vida e começava a tomar metformina. Com o passar dos anos, a pessoa poderia ter visto uma progressão de sua diabetes e passava a receber medicamentos antidiabéticos adicionais, como o gliclazida, à medida que a diabetes piorava.

Se um bom controle ainda não fosse alcançado, então a pessoa poderia ser colocada em terapia com insulina. Em essência, após o diagnóstico, um abrandamento da progressão da doença era geralmente o melhor que se esperava.

A diabetes tipo 2 traz consigo uma série de complicações, incluindo retinopatia (visão prejudicada), neuropatia (nervos danificados) e nefropatia (rins danificados). Também aumenta o risco de doença cardíaca. A noção de que não há muito que se possa fazer sobre essas questões não oferece muita esperança.

Felizmente, esta visão da natureza “progressiva” da diabetes tipo 2 está mudando rapidamente.

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Perguntas sobre diabetes: esperança oferecida pela remissão do diabetes tipo 2

A ideia de remissão da diabetes tipo 2 recentemente ganhou muita força, já que muitas pessoas diagnosticadas com esse tipo conseguiram alcançar e manter níveis normais de açúcar no sangue, sem o uso de medicação.

Uma pesquisa mostrou que a remissão é alcançável através de pelo menos três métodos diferentes: cirurgia bariátrica, dieta hipocalórica ou baixo consumo de carboidratos. Além disso, a prática de jejum intermitente, como parte de um estilo de vida saudável, mostra ser uma promessa semelhante.

Embora uma dieta e estilo de vida saudáveis ​​sempre tenham sido recomendados como parte do tratamento padrão para diabetes tipo 2, a remissão completa foi muito raramente alcançada e não foi considerada uma meta atingível.

De fato, um estudo sugeriu que a remissão completa foi alcançada em apenas 0,14% das pessoas sob o tratamento padrão. Em contraste, as taxas de remissão durante o período de um ano são muitas vezes maiores, acima de 25% cada, para cirurgia bariátrica, dietas de poucas calorias e dietas com baixo teor de carboidratos (low-carb). Esses métodos poderiam, portanto, tornar a remissão uma meta realista para muitas pessoas.

Perguntas sobre diabetes: novas estratégias e seus resultados

Essas estratégias podem trazer remissão e perda de peso de maneiras semelhantes; todos elas essencialmente permitem uma redução na ingestão de calorias. Entretanto, é importante ressaltar que essas estratégias podem nos permitir evitar o excesso de comida, mudando a forma como nosso corpo funciona, tornando as coisas mais fáceis do que se estivéssemos simplesmente tentando reduzir as calorias sem maiores orientações.

Por exemplo, a restrição de carboidratos pode melhorar muito a sensibilidade à insulina, e a cirurgia bariátrica pode resultar em alterações em uma série de hormônios da fome.

Acredita-se que a gordura visceral e a gordura do fígado desempenham um papel fundamental no desenvolvimento da resistência à insulina observada na diabetes tipo 2, e dietas com pouco carboidrato, dietas de poucas calorias e cirurgia bariátrica têm demonstrado reduzir efetivamente esses tipos de gordura.

O poder dessas intervenções para abordar as causas subjacentes da diabetes tipo 2, bem como os sintomas, poderia explicar por que elas permitem taxas de remissão muito mais altas do que as que são vistas com o tratamento padrão.

Perguntas sobre diabetes: qual é a mensagem que você pode levar para casa?

Como a remissão da diabetes tipo 2 ainda é um conceito relativamente novo, mais pesquisas são necessárias para investigar melhor as maneiras pelas quais diferentes estratégias possibilitam a remissão.

No entanto, a literatura até agora oferece muita esperança para as pessoas com diabetes tipo 2, mostrando que a condição não precisa piorar e pode ser eficazmente administrada ou colocada em remissão com mudanças de estilo de vida ou cirurgia.

Além disso, o poder das mudanças de estilo de vida especificamente em trazer remissão pode dar às pessoas com diabetes tipo 2 a oportunidade de mais uma vez estarem no controle de sua saúde.

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Fontes:

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