A RELAÇÃO ENTRE DIABETES E COLESTEROL

Diabetes e colesterol
Diabetes com ciência!

Diabetes e Colesterol: Neste artigo, você conhecerá em detalhes a relação entre diabetes e colesterol alto, e os impactos dos medicamentos mais usados para o seu tratamento: as estatinas.

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Você conhecerá novas maneiras de analisar o seu colesterol, de forma mais eficiente e de acordo com as mais recentes práticas recomendadas pela ciência e adotada, por enquanto, por poucos profissionais. E verá de forma prática 2 estudos de caso que demonstram a conexão entre colesterol alto, diabetes e outras complicações.

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Prepare-se para ficar surpreso ao conhecer de perto os efeitos sobre sua saúde e para entender como tratar mais naturalmente a diabetes e o seu colesterol alto.

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Diabetes e colesterol alto

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Diabéticos apresentam dislipidemia com frequência, que é comumente observada em pessoas com resistência à insulina e que contribui para a aterosclerose, uma condição em que as artérias se tornam endurecidas e mais estreitas devido ao acúmulo de placas, aumentando assim o risco de doenças cardíacas e derrames.

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Tanto níveis elevados de açúcar no sangue quanto perfis lipídicos anormais podem desencadear inflamação no corpo. A inflamação crônica é uma característica vista tanto na diabetes quanto nas doenças cardiovasculares. Os processos inflamatórios podem danificar os vasos sanguíneos, tornando-os mais suscetíveis ao acúmulo de colesterol e triglicerídeos, agravando ainda mais o risco de problemas relacionados ao coração.

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A diabetes envolve o comprometimento da função pancreática, levando à produção ou utilização inadequada de insulina. As interrupções na função pancreática também podem afetar o metabolismo dos lipídios, levando a desequilíbrios nos níveis de colesterol e triglicerídeos na corrente sanguínea.

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Diabetes e dislipidemia

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A diabetes pode levar à dislipidemia, que é um conjunto de anormalidades caracterizadas pelo aumento do nível de triglicerídeos, diminuição dos níveis de colesterol de lipoproteína de alta densidade (HDL) e aumento de partículas pequenas e densas de lipoproteína de baixa densidade (LDL) através dos seguintes processos:

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Superprodução de VLDL pelo fígado: lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL) são um dos principais contribuintes para a elevação dos níveis séricos de triglicerídeos. A taxa de secreção de VLDL é altamente dependente da disponibilidade de triglicerídeos, que é determinada pelos níveis de ácidos graxos disponíveis no fígado. IMPORTANTE: Observe seus último exames de colesterol e dê uma boa olhada nos seus níveis de VLDL e como eles têm evoluído.
Resistência à insulina: essa é a precursora da diabetes tipo 2, e está associada à dislipidemia, à aterosclerose e às doenças dos vasos sanguíneos. Estas condições podem desenvolver-se mesmo antes de a diabetes ser diagnosticada. A resistência à insulina está frequentemente associada a altos níveis de triglicerídeos e baixos níveis de colesterol de lipoproteína de alta densidade (HDL), comumente conhecido como colesterol “bom”.
Aumento do fluxo de ácidos graxos livres: a causa mais provável da dislipidemia entre diabéticos é o aumento do fluxo de ácidos graxos livres, causado pela resistência à insulina. Isso leva a um aumento nos níveis de triglicerídeos e a uma diminuição nos níveis de colesterol HDL.
Anormalidades no metabolismo das lipoproteínas: diversos mecanismos relacionados à resistência à insulina podem contribuir para níveis anormais de colesterol e triglicerídeos, tais como: a modulação da produção hepática de apolipoproteínas; a regulacao da atividade da lipase lipoproteica (LpL); as ações da proteína de transferência de éster de colesterol (CETP); e os efeitos periféricos da insulina no tecido adiposo e muscular.
Pessoas com síndrome metabólica geralmente apresentam triglicerídeos elevados, colesterol HDL baixo e resistência à insulina, o que aumenta significativamente o risco de desenvolver diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Síndrome metabólica é um conjunto de condições que ocorrem ao mesmo tempo e que estão relacionadas, incluindo pressão alta, hiperglicemia, excesso de gordura corporal e níveis anormais de colesterol ou triglicerídeos.

Diabetes e Colesterol Alto

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E não é incomum também que pessoas com distúrbios de colesterol ou triglicerídeos anormalmente altos desenvolvam diabetes após alguns anos, denotando uma conexão metabólica entre essas condições, como sugerem diversos estudos em diversos países.

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Por exemplo, em um estudo com mais de 17 mil participante adultos de meia-idade e idosos, as pessoas com triglicerídeos e/ou LDL altos e baixo HDL apresentaram risco aumentado de desenvolver diabetes. Esse trabalho apontou ainda que as proporções entre os vários tipos de colesterol, explicadas mais adiante neste artigo, têm um bom desempenho na previsão da incidência de diabetes.

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As recomendações para o tratamento do colesterol alto

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Diabéticos são mais propensos a ter um colesterol mais elevado, o que contribui para o surgimento de doenças cardiovasculares, principal causa de óbitos de diabéticos, segundo os dados da Organização Mundial de Saúde.

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E quando isso ocorre, as diretrizes médicas indicam, com grande frequência, a prescrição de mais medicamentos. Em especial o uso de estatinas. Logo, muitos diabéticos usam estatinas como forma de prevenção primária de doenças cardíacas.

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As estatinas fazem parte dos medicamentos mais prescritos no mundo. Eles são usados para diminuir os níveis de colesterol e supostamente para reduzir o risco de doenças cardiovasculares, ataques cardíacos e derrames (AVC).

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As estatinas são bem populares, mas podem apresentar efeitos colaterais. Por outro lado, estratégias de suporte natural que podem ser usadas para proteger a saúde e para reduzir o risco de efeitos colaterais ou mesmo para eliminar a necessidade desse tipo de medicamentos.

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Mas o que exatamente são estatinas? Deveríamos realmente estar usando esses medicamentos?

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O que são estatinas?

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As estatinas são prescritas como uma solução para colesterol alto e como forma de evitar doenças cardíacas, mas poucas pessoas conhecem os riscos envolvidos. Ainda que possam parecer uma opção segura prevista nas diretrizes de tratamentos medicamentosos, a realidade sobre as estatinas é bem mais complexa do que se pode imaginar.

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Inicialmente vamos entender o elas são. Esses medicamentos atuam diminuindo os níveis da Lipoproteína de Baixa Densidade (LDL), comumente conhecida como “colesterol ruim”. Ao reduzir o LDL, as estatinas buscam minimizar os riscos de doenças cardiovasculares, como ataques cardíacos e derrames. Elas também podem auxiliar na proteção das artérias e na elevação dos níveis da Lipoproteína de Alta Densidade (HDL), o chamado “colesterol bom”

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Atualmente, sete tipos de estatinas estão disponíveis sob receita médica: Fluvastatina, Atorvastatina, Pravastatina, Sinvastatina, Pitavastatina, Lovastatina e Rosuvastatina. Elas funcionam de maneira semelhante, porém com pequenas diferenças em sua potência e nos seus efeitos colaterais.

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Embora grande parte dos usuários não perceba efeitos colaterais, uma parcela relevante apresenta sintomas adversos que podem interferir na qualidade de vida, bem como há alguns fatores de risco, inclusive relacionados com a diabetes que devem ser conhecidos.

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Como as estatinas funcionam?

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As estatinas atuam inibindo a ação da enzima chamada HMG CoA Redutase, que é responsável pela produção de colesterol pelo fígado. Essa enzima é a limitante da taxa de síntese do colesterol, e é controlada por mecanismos regulatórios muito precisos. Por exemplo, quando os níveis de colesterol estão elevados, a enzima é degradada pelo nosso organismo, baixando seus níveis naturalmente.

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A teoria geral é que níveis elevados de colesterol no sangue podem levar à criação de placas nas paredes arteriais, causando estreitamento ou enrijecimento das artérias.Esse processo aumentaria o risco de formação de coágulos sanguíneos, doenças cardíacas, infartos e derrames. Acredita-se que as estatinas podem reduzir o acúmulo de placas, e, consequentemente, as chances de doenças cardiovasculares, ao bloquear a produção de colesterol.

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A discussão no meio médico e científico sobre o tema pode ser resumida pela seguinte questão: a redução da produção de colesterol realmente salva vidas?

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Diabetes e estatinas: o que dizem os estudos?

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Um estudo de 2017 publicado na Circulation descobriu que as estatinas podem diminuir a morte relacionada com doenças coronárias em homens em 28%. Embora isso possa parecer ótimo, ao aprofundarmo-nos na interpretação da pesquisa, pode ser que isso não seja assim tão impressionante.

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Existe uma diferença entre risco relativo e absoluto. Digamos que o medicamento A possa reduzir o risco de se desenvolver uma doença em 0,5 %. Esse é o risco absoluto. Por outro lado, o medicamento B pode diminuir ainda mais o risco, reduzindo-o, por exemplo de 0,5 % para 0,25 %.

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Como isso pode ser informado ao público? Há duas maneiras de se fazer isso. Nesse exemplo o risco relativo foi reduzido em 50%, de 0,5% para 0,25%, ao se usar o medicamento B. Ou pode-se dizer que o medicamento B reduziu o risco absoluto em apenas 0,25%. Relatar o risco relativo parece bem mais impressionante e parece dar uma ideia de maiores benefícios de um medicamento ou tratamento. Foi o que aconteceu também com os estudos sobre estatinas.

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As estatinas funcionam?

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Uma meta-análise de 2017 publicada no Lancet analisou 26 ensaios randomizados, e sugere que as estatinas podem diminuir a mortalidade em 10% para cada 39 mg/dL de decréscimo do LDL. Ensaios clínicos randomizados são experimentos científicos desenvolvidos para avaliar a eficácia de tratamentos médicos, intervenções ou medicamentos.

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No entanto, ao se analisar esses estudos mais de perto, as taxas de mortalidade passaram na verdade de 2,3 % para 2,1 % para cada 39 mg/dL, resultando numa redução absoluta do risco de apenas 0,2 %. Analisando somente os óbitos relacionados com problemas vasculares, as estatinas diminuíram as mortes de 1,3 para 1,2 %.

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Obviamente cada vida importa. Alguns poderão argumentar que mesmo 0,2 % de redução de risco é importante. Mas se olharmos para o quadro geral, 98,2 em cada 100 pessoas de alto risco não verão quaisquer benefícios para a sua saúde cardíaca usando estatinas. Os 1,8 indivíduos restantes que veem benefícios, viverão cerca de 6 meses a mais, em média, e no máximo um ano a mais, em comparação com aqueles que não tomaram estatinas.

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Adicione-se que essas estatísticas se aplicam a indivíduos de alto risco, homens de meia-idade que já tiveram pelo menos um ataque cardíaco. Atualmente não há muitas evidências de que as estatinas possam beneficiar homens sem doença cardíaca pré-existente. Também não há evidências claras de que elas possam ajudar mulheres com ou sem problemas cardíacos.

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Principais efeitos colaterais das estatinas

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A dor muscular é um dos efeitos colaterais mais comuns das estatinas. Outros efeitos colaterais relativamente comuns das estatinas incluem:

Acne ou outros problemas de pele
Constipação
Diarreia
Dificuldade para dormir ou problemas de sono
Dor de estômago ou cólicas
Dores de cabeça
Dores musculares, fraqueza ou sensibilidade
Erupções cutâneas
Gases
Inchaço
Náusea
Níveis baixos de plaquetas
Níveis elevados de açúcar no sangue (hiperglicemia)
Rubor na pele
Sonolência
Tontura
Vômito

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Além disso, as estatinas também podem aumentar o risco de diabetes e doenças de pele. Em um estudo publicado no Diabetes Metabolism concluiu-se que as estatinas podem duplicar o risco de diabetes. Seus riscos são maiores quando se usa o medicamento há 2 anos ou mais.

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Outro estudo publicado no British Journal of Clinical Pharmacology sugere que as estatinas também podem aumentar o risco de infecções cutâneas por estafilococos em 40 por cento. Eles encontraram taxas semelhantes de infecções de pele em pessoas com e sem diabetes, o que sugere que as infecções não eram apenas uma complicação da diabetes, mas também um efeito colateral das estatinas.

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Efeitos menos comuns

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Os efeitos colaterais menos comuns das estatinas podem incluir:

Disfunção erétil, baixo desejo sexual ou outras dificuldades sexuais
Formigamento, dormência ou sensação de alfinetes e agulhas na pele
Inflamação do fígado
Inflamação pancreática
Neuropatia
Perda de cabelo
Perda de memória ou confusão

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Os efeitos colaterais graves das estatinas podem incluir:

Creatinofosfoquinase (CPK) elevada causando inflamação, fraqueza e dor muscular.
Miosite ou inflamação muscular.
Rabdomiólise causando fadiga muscular grave ou danos musculares.

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Se você estiver sentindo algum desses efeitos colaterais, é importante conversar com seu médico.

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Fatores de risco

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Óleo de soja

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Existem certos fatores de risco que podem aumentar o risco de efeitos colaterais das estatinas, incluindo:

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Consumo de álcool
Deficiência de vitamina D
Ser do sexo feminino
Ter 65 anos ou mais
Ter doença hepática ou renal
Ter uma estrutura corporal pequena
Tomar mais de um medicamento para controle do colesterol

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A maioria desses fatores de risco são bem comuns e usualmente são mencionados pelos profissionais de saúde. No entanto, apesar das evidências, a deficiência de vitamina D é um fator de risco menos conhecido.

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Um estudo publicado na Disease Markers sugere que baixos níveis de vitamina D aumentam o risco de dor músculo-esquelética induzida por estatinas. O estudo analisou 1.210 pacientes, 287 com Sintomas Musculares Associados a Estatinas (SMAS) e 923 participantes sem SMAS. Eles descobriram que mais de dois terços dos pacientes com deficiência de vitamina D tinham SMAS.

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Como as estatinas prejudicam a geração de energia

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As mitocôndrias são a força motriz de suas células. Elas são organelas únicas encontradas em todas as células do seu corpo, e têm seu próprio DNA.

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Suas mitocôndrias geram cerca de 90% da energia celular do corpo e desempenham um papel fundamental nas principais funções metabólicas, como no uso da glicose ou dos ácidos graxos. Elas são encontradas em concentrações variadas em diferentes tecidos do corpo e são especializadas de acordo com a finalidade desse tecido.

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Claramente, a saúde mitocondrial é crítica para o metabolismo e o bem-estar geral do seu organismo, e a sua disfunção pode causar problemas em todo o corpo e está intimamente ligada à diabetes e dislipidemia.

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Um dos principais problemas das estatinas é que elas podem danificar a função mitocondrial. Uma revisão publicada no Journal of Clinical Medicine descobriu que, embora as estatinas sejam altamente eficazes, a SMAS é uma das principais razões para a descontinuação do tratamento. Os pesquisadores especulam que a causa da SMAS pode ser a disfunção mitocondrial causada por estatinas.

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Uma revisão de 2016 publicada na Postepy Biochemii também descobriu que as estatinas podem prejudicar as funções mitocondriais. Embora não tenhamos evidências claras para compreender completamente como as estatinas podem interferir na função mitocondrial, os pesquisadores acreditam que quatro fatores podem influenciar esse processo: formato mitocondrial anormal, menor energia mitocondrial, diminuição da atividade mitocondrial e redução da capacidade de produzir energia.

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O colesterol alto é realmente um problema?

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Veia com acúmulo de colesterol

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Quando falamos sobre estatinas, é importante que você entenda o que é colesterol e se um colesterol alto é realmente ruim. O colesterol é uma substância cerosa presente no sangue que ajuda o corpo a construir células saudáveis. É produzido especialmente no fígado, mas também pode ser obtido a partir da ingestão de produtos de origem animal.

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O colesterol é um lipídio, o que significa que é uma substância gordurosa. Os lipídios incluem, além do colesterol, os triglicerídeos, lipoproteínas de alta densidade (HDL), de baixa densidade (LDL) e de densidade muito baixa (VLDL).

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Lipoproteínaso um agregado molecular responsável pelo transporte de lipídios em meios líquidos, já que eles não se misturam facilmente com o plasma sanguíneo, sendo então revestidas por proteínas denominadas apolipoproteínas. No organismo humano, elas são sintetizadas no fígado e no intestino delgado.

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Dislipidemia significa que os níveis lipídicos estão fora da faixa normal. Você pode ter hipercolesterolemia, aumento do colesterol, hipertrigliceridemia, aumento apenas dos triglicerídeos, ou hiperlipidemia, aumento do colesterol e dos triglicerídeos.

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Bons níveis de colesterol são essenciais para a sua saúde. Eles são importantes para a saúde do cérebro e do sistema nervoso, função cognitiva, saúde hormonal, digestão e transporte de nutrientes solúveis em gordura.

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Afinal o Colesterol LDL é bom ou ruim?

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O papel principal da lipoproteína de baixa densidade (LDL) é transportar colesterol e nutrientes solúveis em gordura (vitaminas lipossolúveis: A, D, E e K) para as membranas celulares. Embora o colesterol LDL seja geralmente chamado de colesterol “ruim”, a questão é um pouco mais complexa.

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A verdade é que existe mais de um tipo de partículas de LDL, que diferem entre si em tamanho. O tamanho da partícula de LDL determina se ela é “ruim” ou “boa, ou seja se ela contribui para doenças cardíacas ou se protege você delas.

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O que são Padrões de LDL?

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O Padrão A do LDL refere-se a uma partícula maior que pode transportar mais nutrientes e antioxidantes solúveis em gordura. Na verdade, o padrão A oferece benefícios cardioprotetores e ajuda a reduzir os níveis de insulina e de glicose no sangue.

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O padrão B do LDL é menor e mais sujeito à oxidação, e está relacionado a processos inflamatórios e a um risco maior de doenças cardiovasculares, maior insulina em jejum e níveis mais elevados de glicemia.

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Faixa ideal de LDL: 100–200

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Exames de Apoliproteína A e B vs exames do colesterol

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O teste laboratorial de Apolipoproteína B (Apo padrão B ou simplesmente ApoB) é uma alternativa ao teste laboratorial tradicional de colesterol e vem sendo adotado por parte dos profissionais de saúde como uma forma mais efetiva de medir o “colesterol ruim”.

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Eis algumas vantagens desse teste:

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O teste de ApoB mede a quantidade de Apolipoproteína B no sangue, que se liga aos tipos negativos de colesterol causadores do acúmulo de placas nos vasos sanguíneos, e é uma medida mais acurada da quantidade total de lipoproteínas ou colesterol ruim presente no sangue.
O teste de Apolipoproteína B é considerado um índice melhor da adequação da terapia com estatinas do que o LDL-C.
Esse teste é uma medida direta da concentração de todas as partículas associadas a doenças cardiovasculares, incluindo o colesterol LDL, e outros marcadores de colesterol como VLDL, IDL e quilomícrons. Cabe ressaltar que os valores de LDL apresentados nos exames tradicionais de colesterol são estimados a partir do colesterol total e do HDL e não são medidos diretamente.
O teste ApoB pode fornecer mais informações aos profissionais de saúde sobre fatores de risco e pode ser usado para monitoramento do tratamento e análise de risco geral de doenças cardíacas.
A relação ApoB/apoA-I representa o equilíbrio das lipoproteínas pró e anti doenças cardiovasculares e é superior a qualquer uma das medidas de colesterol tradicionais na previsão do risco de doença coronariana.

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Colesterol VLDL

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O colesterol VLDL (Lipoproteína de muito baixa densidade) ajuda a transportar os triglicerídeos para os tecidos. Esses triglicerídeos tornam o VLDL mais denso que o LDL. Após a liberação dos triglicerídeos, certas enzimas podem transformar o VLDL em LDL.

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Faixa ideal de VLDL: 5 – 30 mg/dl

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Colesterol HDL

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O colesterol HDL (Lipoproteína de alta densidade) tem uma proporção mais elevada de colesterol que gira em torno de 45 a 50 por cento das proteínas presentes.

Ele ajuda a diminuir o número de partículas LDL ao levá-las para o fígado para reciclagem, um processo bem importante, pois se o LDL (ApoB) permanecer na corrente sanguínea por muito tempo, há um aumento do risco de inflamação crônica e de doenças cardíacas. Porém níveis muito elevados de colesterol HDL (acima de 100 mg/dl) podem indicar um processo de inflamação crônica ou de infecção ativa.

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Faixa ideal de HDL: 55 – 80 mg/dl

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Triglicerídeos

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Os triglicerídeos são um tipo de lipídio que ajuda a fornecer energia para o corpo, e que é usado como alternativa à glicose. Embora sejam essenciais para a saúde, níveis elevados podem aumentar o risco de doenças cardíacas. As lipoproteínas são responsáveis pelo transporte de triglicerídeos até a membrana celular, onde podem ser decompostos em ácidos graxos e convertidos em ATP transformando-se em fonte energia.

Resistência à insulina, níveis elevados de insulina e doença hepática gordurosa podem causar níveis elevados de triglicerídeos.

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Faixa ideal de triglicerídeos: entre 20 e 100 mg/dL em jejum.

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Proporções Saudáveis do Colesterol

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Ao observar seus níveis de colesterol, a coisa mais importante a se observar é se uma proporção equilibrada de colesterol LDL e HDL e a proporção de triglicerídeos em relação ao HDL.

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Proporções elevadas indicam frequentemente resistência à insulina e níveis elevados de insulina em jejum, bem como o risco de inflamação crónica e consequentes problemas de saúde.

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Eis algumas proporções de testes de laboratório e seus significados:

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1. Proporção de colesterol: é calculada dividindo-se o colesterol total pelo colesterol HDL. A proporção ideal está entre 1 e 3,5. Uma proporção mais alta indica risco aumentado de doença cardíaca.

2. Colesterol não HDL: é todo o colesterol no sangue que não seja HDL. A fórmula para calcular esse marcador é simples:

Colesterol total – HDL = Colesterol não HDL.

O colesterol não HDL é um melhor preditor de risco cardiovascular do que o colesterol LDL sozinho. Um valor abaixo de 130 é considerado como normal.

3. Proporção LDL e HDL: é calculada dividindo-se o número de colesterol LDL pelo colesterol HDL. Uma proporção alta indica um risco maior de doença cardíaca. A proporção ideal é abaixo de 3,5.

4. Proporção de triglicerídeos e HDL: é calculada dividindo-se o número de triglicerídeos pelo colesterol HDL. A proporção ideal é inferior a 2.

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Fatores que podem causar proporções anormais de colesterol

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Fatores que podem causar taxas inadequadas de colesterol incluem:

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Deficiência de vitamina D e falta de exposição ao sol
Estilo de vida sedentário
Estresse crônico
Fluxo biliar deficiente
Deficiências hepáticas
Tabagismo
Hipotireoidismo
Obesidade
Resistência à insulina
Sensibilidades alimentares
Sono ruim e apneia do sono
Dieta pró-inflamatória

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Estudos de caso

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Apresentamos a seguir dois casos relevantes para o contexto deste conteúdo.

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Estatinas e diabetes

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Este estudo de caso do grupo Controle da Diabetes Brasil envolve uma coorte feminina de 70 anos que sofre de hipercolesterolemia há mais de uma década e está em terapia com altas doses de estatinas.

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Exames de Colesterol

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Os dados mostram que seus níveis de LDL estão bem controlados, graças ao uso intensivo de medicamentos. No caso em questão houve diminuição da medicação entre os exames. Usando as relações entre esses número percebe-se que a razão entre triglicerídeos e HDL está alta, denotando espaço para melhorias, possivelmente dietéticas, para tentar levar o número de 3 para menos de 2, e que os demais níveis permanecem controlados ainda que com menos medicação.

Como triglicerídeos e glicose e resistência à insulina andam juntos, foi solicitado um painel de glicemia, com os resultados apresentados logo a seguir.

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Exames de Glicemia

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Um nível de glicemia em jejum ligeiramente acima da faixa normal por si só não seria preocupante, mas uma HbA1c de 6,3% sugere níveis de pré-diabetes, como se pode ver a seguir.

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Uma insulina em jejum elevada indica resistência à insulina e potencial progressão para diabetes tipo 2 se a função pancreática se deteriorar ainda mais.

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O cortisol (hormônio do estresse) elevado, embora seja um exame com alta variabilidade dependente de vários fatores, pode refletir um sofrimento causado pelo estresse oxidativo crônico e pela inflamação causada pela desregulação do açúcar no sangue e dos ácidos graxos – as principais fontes de energia do corpo.

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Embora um único exame não possa fornecer um quadro clínico completo, estes biomarcadores apontam em seu conjunto para uma disfunção metabólica subjacente que justifica uma gestão proativa.

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Na nossa opinião algumas modificações no estilo de vida representam a abordagem de tratamento ideal, em conjunto com um monitoramento regular que monitorará a resposta terapêutica ao longo do tempo.

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Com um plano de cuidados personalizado novos declínios na saúde podem ser evitáveis e potenciais melhoras podem ser obtidas.

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A melhor alternativa para condução do quadro, você verá na próxima seção.

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Colesterol e distúrbios hematológicos

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Este segundo caso do grupo Controle da Diabetes Brasil envolve um coorte masculino de 40 anos que foi diagnosticado com hipercolesterolemia há três anos e colocado em terapia com estatinas, conforme orientam as diretrizes médicas.

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Apesar do uso de medicamentos, seus marcadores lipídicos pioraram após dois anos e meio, como se vê no penúltimo exame, o que levou a uma recomendação de aumento de dosagem.

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Nota-se na evolução do caso que as proporções entre colesterol total e triglicerídeos comparados com o HDL tem se mantido elevada ou limítrofe, em todas as medições.

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Calendário Descrição gerada automaticamente com confiança média

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Outrossim, os distúrbios na série vermelha permaneceram inalterados apesar do tratamento, sinalizando potencial estresse oxidativo contínuo e inflamação crônica.

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Tabela Descrição gerada automaticamente

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O desequilíbrio acentuado de ferro, como visto a seguir, tem sido associado a estados inflamatórios persistentes.

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A RELAÇÃO ENTRE DIABETES E COLESTEROL

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O uso regular de estatinas não conseguiu controlar suficientemente os parâmetros metabólicos mais amplos neste paciente, ressaltando a natureza multifatorial da desregulação cárdio metabólica.

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A avaliação aponta para uma interação de outros processos, demandando uma avaliação mais abrangente e uma estratégia de gestão personalizada.

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A próxima seção irá apresentar a nossa recomendação, baseada em estudos clínicos, de cuidados recomendados, com o objetivo de atingir os intervalos alvo através da otimização da dieta, do estilo de vida e de quaisquer outros fatores modificáveis antes de intensificar ainda mais a farmacoterapia.

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O monitoramento contínuo dos biomarcadores acompanhará o progresso em conjunto com um plano personalizado que leve em consideração perfis e objetivos de saúde individuais

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Estratégias naturais para controle da diabetes e colesterol

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Se você tomou ou está tomando estatinas para o tratamento da dislipidemia, algumas estratégias naturais para evitar os seus efeitos colaterais ou até mesmo o seu uso.

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Aqui estão algumas recomendações:

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Dieta Anti-Inflamatória
Cetose
Jejum Intermitente
Redução do estresse e melhoria da qualidade do sono
Luz solar e bons níveis de vitamina D
Coenzima Q10
Movimento e exercícios regulares
Magnésio
Cúrcuma
Resveratrol
Creatina

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Recomendações detalhadas

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Mas aqui está a chave: “A conexão com diabetes-colesterol” não é apenas um livro; É uma experiência. À medida que você se aprofunda em suas páginas, estudos de casos de pessoas com colesterol alto que desenvolveram diabetes, soluções práticas e alternativas naturais que preenchem a lacuna entre diabetes, colesterol alto e um você mais saudável serão apresentados.

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Conclusão

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As estatinas são medicamentos comumente prescritos, usadas para melhorar os níveis de colesterol ruim e reduzir o risco de doenças cardiovasculares, ataques cardíacos e derrames.

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Pode, porém, apresentar efeitos colaterais. Se você está tomando ou já tomou estatinas, recomendo que experimente as estratégias de suporte natural deste artigo para ajudá-lo a melhorar os seus níveis de colesterol, glicose no sangue e saúde geral.

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Paz e saúde!

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O livro Diabetes e Colesterol

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Outras Fontes:

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